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Estava eu, no sofá da sala, atenta a um filme que acabara de começar, quando de repente uma sombra pequena me pareceu correr no chão, bem na frente da mesinha de centro onde eu estava com as pernas esticadas.
O susto foi grande, tanto que levantei de um supetão, com o corpo trêmulo e o coração saindo pela boca. Rato, besouro, barata, louva-Deus, ou o que quer que seja, eu que não ia ficar pra saber.. tenho horror dessas coisas, principalmente de baratas voadoras.
Fui pedir socorro. O marido veio, sonolento e meio a contragosto contando que na noite anterior ele havia tido a mesma impressão, mas desacreditando na própria percepção arrumou várias desculpas. Na dúvida fui na varanda buscar uma vassoura e um rodo, arsenal necessário contra esse tipo de invasor.
Arrasta sofá pra cá, mesinha de centro pra lá, cortinas suspensas no alto… e nada.
Por mim ficaria procurando a noite toda, mas quem tem pouco medo do que pode achar logo desiste… “amanhã a empregada faz uma varredura, procura mais… Vamos por um pedaço de queijo como isca! Se amanhecer sumido é porque é um rato.”
Achei a idéia boa e fomos pra cozinha preparar. Ele pegou o queijo na Geladeira e cortou um pedaço, retirou as bordas, depois outro pedaço, fez o mesmo trabalho… e estranhando tanto capricho falei : Uai, pra que retirar essas partes? Rato rói tudo! Ele deu uma risadinha sem graça, colocou um pedaço de goiabada no meio e unindo as três partes deu uma bela bocada e comeu…
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E a história continua nos dias seguintes…
O marido comeu o queijo mas também colocou as cascas no chão, como isca.
No dia seguinte o queijo tinha sumido, mas esquecemos de perguntar para a faxineira se ela tinha limpado…
A verdade apareceu no outro dia a tardinha – ultimo dia de vida de um ratinho que não foi esperto o bastante para se manter em segredo no anonimato.