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Sindicato da Indústria da Panificação e Confeitaria de Franca e região questiona pequena margem de lucro
A quantidade de assaltos com roubos de maços de cigarros, altos impostos e a baixa lucratividade fizeram com que grande parte das padarias do Estado de São Paulo suspendessem a venda do produto desde o início deste mês. Agora, algumas panificadoras de Franca também decidiram aderir ao movimento para não vender cigarros aos clientes.
Atualmente, o Sinpafran – Sindicato da Indústria da Panificação e Confeitaria de Franca e região envolve mais de 160 estabelecimentos.
Os impostos
De acordo com a Sampapão, grupo que integra o Sindicato dos Indústrias de Panificação de São Paulo e o Instituto do Desenvolvimento da Panificação e Confeitaria de São Paulo, em média, a margem bruta do lucro para comercialização dos cigarros das padarias é de 6,9%, mas os descontos sobre esse percentual são muitos.
Segundo o sindicato, 95% das padarias do estado estão sob o regime de tributação do Simples Nacional e pagam impostos sobre o faturamento entre 4,5% e 7,8%, dependendo da faixa de faturamento da empresa. Os comerciantes também reclamam das taxas que são descontadas pelas operadoras de cartões de crédito.
O valor de uma cartela de cigarro custa, em média, entre R$ 6 e R$ 10, dependendo da marca. As empresas de cartões cobram até 3% nas operações em crédito e 1,5% no débito de cada venda.
Essa decisão ganhou volume em adesões e os panificadores dizem que não voltarão atrás se não houver negociação por parte dos fabricantes de cigarros. “É necessário que eles [fabricantes] aumentem a margem de comercialização. As panificadoras estão tendo prejuízo com a venda do produto”, explica Antero.
Os comerciantes querem uma margem de 12% de lucro junto às empresas que produzem cigarros. O cigarro está entre os produtos com mais imposto no país. A carga tributária atual é de cerca de 80%.