Que é e como fazer a dieta vertical para emagrecer, popular entre os crossfits.

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 5 de janeiro de 2020 às 16:38
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 20:13
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Popular entre quem pratica crossfit, na dieta vertical o perfil nutricional é descrito com o T invertido

“A dieta vertical foi criada para ajudar os fisiculturistas a ganhar massa facilmente para atingir as metas de ganho de peso sem problemas digestivos”, afirma a nutricionista Amy Shapiro, fundadora da Real Nutrition, em declarações à revista norte-americana Women’s Health. 

“Os alimentos permitidos são fáceis de digerir e densos, mas são ‘limpos’ e minimamente processados”.

Todavia, atenção. A verdade é que esta dieta não é para todos.

O que é a dieta vertical?

Pense novamente no ‘T’ invertido. A dieta vertical foi apelidada como tal por que dá prioridade ao consumo de calorias através de um número restrito de alimentos ricos em nutrientes, ao invés de uma alimentação mais uniforme ou horizontal que integra vários grupos alimentares diferentes.

Segundo a Women’s Health, a parte inferior do ‘T’ de cabeça para baixo é sua base – destinada a ser preenchida com pequenas quantidades de alimentos que fornecem os micronutrientes necessários.

Já a linha vertical representa a maior parte das calorias do dia. Sobretudo carne vermelha e arroz branco.

Este regime alimentar peculiar for criado pelo fisiculturista Stan Efferding, que consumia sobretudo proteínas e hidratos de carbono. 

Ele queria conseguir uma maior massa muscular, melhorar a energia, resistência e performance. 

Para Efferding, reduzir a ingestão de alimentos para um número limitado de tipos alimentares facilmente digeríveis melhora o funcionamento do sistema digestivo e trânsito intestinal. 

A nutricionista Amy Shapiro, fundadora da Real Nutrition

Os alimentos permitidos

Na dieta vertical dá-se destaque à ingestão micronutrientes, através do consumo de alimentos como leite, ovos, peixe, frutas ricas em vitamina C e alguns vegetais, como batatas, espinafre e cenoura, diz Shapiro. 

Contudo, esses alimentos não devem contribuir para a ingestão calórica total. Contrariamente, deve comê-los em pequenas quantidades pelas vitaminas, minerais e antioxidantes que os compõe.

A maior parte das calorias vem de carne vermelha e arroz branco. Isto porque a carne vermelha é imensamente rica em proteínas e rica em ferro, zinco e vitamina B12. 

Já o arroz branco é facilmente digerível, por isso é uma boa fonte de hidratos de carbono para os atletas. A dieta também incentiva a aumentar o consumo de carboidratos gradualmente, isto é, continuar a subir a linha vertical ao longo do tempo.

O menu vertical da dieta tem frango, peixe, arroz integral, alimentos à base de trigo e grãos integrais, feijão e legumes, como brócolis e couve-flor. 

Os alimentos proibidos são os açúcares adicionados ou artificiais. Ou seja, qualquer alimento que não seja super digerível deve ser evitado.

A dieta vertical emagrece?

Sim, pode resultar em perder peso para alguns (como aqueles que comem muitos alimentos processados ou açúcares), mas este regime alimentar não foi criado para tal. 

Recorde-se que a dieta foi concebida com o intuito de aumentar a massa muscular. Para perder peso terá de fazer determinadas alterações.

“Pode perder peso com esta dieta se fizer porções e eliminar quantidades excessivas de arroz branco e hidratos de carbono simples”, afirma Shapiro.

Como o programa limita o consumo de muitos alimentos à base de plantas necessários para a perda de peso, explica a nutricionista, também sentirá a necessidade de aumentar a quantidade de vegetais e reduzir a quantidade de carne gordurosa e queijo que consome.


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