Número de cadastros de doadores de medula óssea diminui 14% em 2017

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 3 de janeiro de 2018 às 16:33
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 18:30
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Em 2017, pouco mais de 280 mil pessoas se dispuseram a doar, o pior número dos últimos três anos

O Brasil tem quase 4 milhões e meio de doadores cadastrados no Redome, o Registro Nacional de Doadores Voluntários de Medula Óssea. Mas encontrar pessoas dispostas a aumentar essa lista, está se tornando algo cada vez mais raro.

Em 2017, pouco mais de 280 mil novas pessoas se dispuseram a doar, o pior número dos últimos três anos. De 2015 pra cá, os novos cadastros só vêm caindo. Em relação a 2016, a queda foi de 14%.

Essa redução é um drama a mais para quem vive a expectativa de receber a doação de medula óssea. Encontrar alguém compatível é difícil. No Brasil, o índice de compatibilidade é de uma a cada 50 mil pessoas, por isso, quanto mais doadores na lista, maior a chance de um transplante acontecer.

Os Hemocentros Regionais ou mais conhecidos como Bancos de Sangue Públicos são responsáveis por cadastrar os interessados em se tornar doadores de medula óssea. Os dados são agrupados em um registro único e nacional (REDOME). Um indivíduo pode ser voluntário para a doação de sangue, doação de medula ou de ambos. É importante que este desejo seja explicitado no momento do cadastro.

Em Franca, o Hemocentro está localizado à Avenida Dr. Hélio Palermo, 4181, bairro Recanto Itambé.

O processo de busca do doador é simples e totalmente informatizado. O médico responsável inscreve as informações do paciente necessitado do transplante, incluindo o resultado do exame de histocompatibilidade – HLA (exame que identifica as características genéticas de cada indivíduo), no sistema do Registro Nacional de Receptores de Medula Óssea (REREME). Após aprovação da inscrição do paciente, a busca é iniciada imediatamente. Caso os dados estejam incompletos e a inscrição necessite esclarecimentos, o processo de busca não se inicia, cabendo ao médico assistente a inclusão dos dados do paciente.

Para aumentar as chances de localização de um doador compatível para um paciente que necessita do transplante é imprescindível manter o cadastro no REDOME atualizado. O doador deve lembrar que irá permanecer no registro até completar 60 anos de idade e que a convocação para realizar a doação pode demorar alguns anos ou nem chegar a acontecer. Por isso, o doador deve informar sempre que houver alteração em qualquer dado do cadastro (endereço, telefone etc). Esta informação pode ser encaminhada pelo site do REDOME ou através do Hemocentro que o cadastrou.


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