Nomeações políticas em cargos do Estado causam críticas a Engler e Ubiali

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 22 de agosto de 2018 às 09:04
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 18:57
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Nomeações políticas a 4 meses do final do governo recebem repúdio da população

Tendo se transformado nos dois principais caciques do PSB – Partido Socialista Brasileiro – em Franca, o deputado Roberto Engler e o ex-deputado Marco Aurélio Ubiali, estão aproveitando, sem nenhum pudor, a chance dada pelo Governador Márcio França, do mesmo partido, para “lotearem” cargos técnicos do Estado em Franca e região, perpetrando um festival de nomeações meramente políticas, esquecendo que muitas das vagas preenchidas por “correligionários” necessitam de um mínimo de qualificação técnica por parte de seus ocupantes. 

Numa das nomeações, que não se afigurou tão escandalosa assim, por conta da competência do indicado, foi a do suplente de vereador pelo PSDB, Marcos Pereira do Amaral, conhecido como Diretor Marcos, que abriu mão de assumir em lugar do candidato a deputado federal Adermis Marini, na Câmara, depois que sua nomeação foi publicada no Diário Oficial do Estado de SP. 

Diretor Marcos já está substituindo a agora ex-dirigente regional de Ensino, professora Maria Luiza Franco Nery Machado, que retoma sua atividade no Magistério como diretora da escola estadual Caetano Petraglia. 

As críticas vão desde a completa ausência de diálogo com os segmentos que são diretamente afetados com as mudanças a até mesmo o absurdo fato de que se interrompe um trabalho de meses, às vezes anos, por um tiro curto, um voo de galinha, pois o mandato do atual Governador Márcio França termina em quatro meses, período em que, administrativamente, nada mudará do quadro atual.

Tivesse o atual cacique do PSB e candidato à reeleição, uma situação mais confortável na disputa eleitoral, até que se poderia imaginar que a situação não será de todo ruim, mas França patina e está muito atrás dos dois líderes da corrida eleitoral, João Dória e Paulo Skaf.

OUÇA O COMENTÁRIO DO JORNALISTA HÉLIO RODRIGUES  


PROFESSORES EM POLVOROSA

Logo após ter divulgado com exclusividade de que haveria a troca da professora Maria Luiza Franco Nery Machado pelo Diretor Marcos Pereira do Amaral, o Jornal da Franca recebeu diversas manifestações de professores.

A maioria, deixando de lado a questão técnica e a competência do indicado, reclama da falta de diálogo do deputado Roberto Engler (ex-professor da USP) com o Magistério da região.

Os questionamentos vão desde a abrupta interrupção do trabalho que vinha sendo feito na Direção Regional do Ensino, que abrange 23 municípios, à falta de diálogo com a categoria sobre questões essenciais que são inerentes à função do deputado, como Plano de Carreira, Política Salarial, entre outros.

O curto prazo e o caráter meramente político eleitoral também são questionados no caso das trocas dos diretores do Escritório Regional de Planejamento e das regionais da CDHU e do Turismo, todos preenchidos por cabos eleitorais do PSB.

Engler também é criticado pela sua inconstância nas nomeações para o Escritório Regional de Planejamento: depois de quase duas décadas, ele trocou Moacir de Almeida, seu cabo eleitoral e ex-presidente da Câmara, por Valéria Marson, ex-tucana como ele, que foi derrotada como vice-prefeita em 2016 e ficou sem ocupação política. 

Quando se mudou para o PSB, Engler levou para o ERP mais um cabo eleitoral: o ex-prefeito de Itirapuã, Marcos Henrique Alves – Marcão -, que está enrolado no Tribunal de Contas do Estado e não pôde disputar a eleição de 2016 para voltar à Prefeitura de sua cidade. Marcão é um dos muitos que foram “abrigados” na recheada assessoria parlamentar do Deputado.


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