Morre adolescente que recebeu choque de 138 mil volts ao tentar pegar pipa

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 16 de julho de 2018 às 07:12
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 18:52
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Jovem de 14 anos ficou internado por dois meses após acidente em subestação da CPFL

M​orreu na sexta-feira (13) em Ribeirão Preto o estudante Kauã Richard do Nascimento, de 14 anos. Ele estava internado desde maio no Hospital das Clínicas (HC) depois que recebeu uma descarga elétrica de 138 mil volts, enquanto tentava pegar uma pipa.

O acidente aconteceu no dia 20 de maio em uma subestação da CPFL no bairro Parque dos Pinus, Zona Norte da cidade.

Mãe do jovem, a dona de casa Sheila Maria de Lira lembra que a família havia participado de uma cavalgada e que o adolescente saiu para brincar após o almoço.

“Eu falei para ele ter cuidado. Vinte minutos depois, chegou um coleguinha dele avisando que ele tinha tomado um choque. Mas, a gente não imaginava que era o choque”, diz.

Kauan Richard Lira, de 14 anos, recebeu descarga elétrica de 138 mil volts em Ribeirão Preto, SP (Foto: Arquivo pessoal/Divulgação)

Kauã abriu a cerca da subestação para pegar uma pipa. Ele usou um galho para retirar o brinquedo e sofreu o choque elétrico ao encostar em um cabo energizado. O garoto sofreu queimaduras em 53% do corpo e foi internado no Hospital das Clínicas.

“Ele lutou para viver, ficou em coma. Tudo o que nós pudemos, nós fizemos por ele. Ele teve 53% do corpo queimados, mas tinha esperanças de sobreviver”, diz o irmão do adolescente, Kelven de Lira. 

Segurança

Para o jovem, a segurança na área da subestação poderia ser melhorada. Kelven afirma que é comum ver crianças brincando no local.

“Até hoje tem gente, principalmente crianças que entram lá. É muito triste esperar acontecer uma situação dessas para a CPFL acordar. Quero que alguém tome providências.”

Alambrado, concertina, alarme e placas estão instalados na subestação da CPFL em Ribeirão Preto, SP (Foto: Reprodução/EPTV)

Segundo o gerente de operações da CPFL Ocimar Benzati, várias campanhas educativas são feitas na cidade para alertar sobre o risco de se soltar pipas em áreas com fiação elétrica.

Benzati também afirma que as áreas, como a que está a subestação no Parque dos Pinus, são delimitadas por causa do elevado risco. Os locais recebem alambrados, concertina, alarmes e são sinalizados.

“Por isso tem alertas nos alambrados. Colocamos concertina, totalmente sinalizado para que não entrem. Mas, infelizmente, ocorre do pessoal entrar nos espaços e se acidentar. Quando querem entrar, eles encontram uma maneira. Pedimos às famílias que orientem os filhos.”

Subestação da CPFL no bairro Parque dos Pinus, em Ribeirão Preto, SP (Foto: Reprodução/EPTV)

Subestação da CPFL no bairro Parque dos Pinus, em Ribeirão Preto, SP (Foto: Reprodução/EPTV)


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