Saúde vai investir R$ 750 milhões em produção de radiofármacos

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 27 de março de 2018 às 14:45
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 18:38
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Ministro Ricardo Barros afirmou que reator fabricará medicamentos usados nos tratamentos de quimioterapia

O Ministério da Saúde firmou nesta
terça-feira, 27 de março, parceria com a Amazônia Azul Tecnologias de Defesa
para o desenvolvimento do primeiro Reator Multipropósito Brasileiro.

O acordo garante investimento de R$
750 milhões a serem repassados pelo governo federal até 2022. A previsão é de
que, ainda este ano, R$ 30 milhões sejam destinados ao projeto.

A parceria, segundo a pasta, vai
contribuir para o fim da dependência externa na produção de radioisótopos e no
fornecimento de radiofármacos ao Sistema Único de Saúde (SUS) a preço de custo.
“Esse reator multipropósito fabrica radiofármacos, produtos que são utilizados
na quimioterapia e que são, portanto, fundamentais para o tratamento das
pessoas”, explicou o ministro Ricardo Barros.

Durante entrevista coletiva, ele
lembrou que o Brasil já conta com um reator mais antigo e que muitos
medicamentos nessa área ainda são importados. A expectativa da pasta é de que,
em três anos, o novo equipamento esteja operando. Não há, entretanto, uma
estimativa por parte do governo sobre redução de custos com o projeto.

De acordo com o ministério, desde
2009, o Brasil enfrenta dificuldades no abastecimento de radioisótopos –
utilizados em 80% dos procedimentos adotados na medicina nuclear. O motivo
seria a paralisação do reator canadense que abastecia todo o mercado brasileiro
e 40% do mercado global. Cerca de 2 milhões de procedimentos médicos utilizam
esse tipo de tecnologia.

O Reator Multipropósito Brasileiro
será desenvolvido em Iperó (SP), em um centro experimental da Marinha. O
projeto deve ocupar, ao todo, uma área de 2 milhões de metros quadrados, já
que, além do reator, está prevista a construção de laboratórios, aceleradores
de partículas e lasers de alta potência.


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