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Projeção está mais distante do centro da meta de 4,5%, mas acima do limite inferior de 3%
O mercado financeiro reduziu pela sexta semana
seguida a estimativa para a inflação este ano. A expectativa do mercado para
Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), desta vez, passou de
3,70% para 3,67%, de acordo com o Boletim Focus,
publicação divulgada todas as semanas pelo Banco Central (BC), elaborada com
base em pesquisa sobre os principais indicadores econômicos.
A projeção está mais
distante do centro da meta de 4,5%, mas acima do limite inferior de 3%. Para
2019, a estimativa para a inflação caiu, pela segunda semana consecutiva, ao
passar de 4,24% para 4,20%, abaixo do centro da meta de 4,25%.
Na última sexta-feira, 09 de março, o Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE) informou que a inflação oficial, medida pelo
Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), ficou 0,32% em fevereiro,
o menor índice para o mês desde o ano 2000 (0,13%).
Nesse cenário de inflação baixa e economia se recuperando, o
mercado financeiro espera que a taxa básica de juros, a Selic, seja reduzida em
0,25 ponto percentual, de 6,75% para 6,50% ao ano, neste mês. A Selic é o
principal instrumento do Banco Central para alcançar a meta de inflação. Quando
o Copom aumenta a Selic, o objetivo é conter a demanda aquecida, e isso gera
reflexos nos preços, porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam
a poupança. Quando o Copom diminui os juros básicos, a tendência é que o
crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o
controle sobre a inflação.
De acordo com a previsão das instituições financeiras, a Selic
encerrará 2018 em 6,50% ao ano e subirá ao longo de 2019, terminando o período
em 8% ao ano.
A estimativa para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB),
a soma de todos os bens e serviços produzidos no país, deste ano, caiu de 2,90%
para 2,87%. Para 2019, a projeção é mantida em 3% há seis semanas consecutivas.