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Tem gente que ainda acha que crochê é uma atividade exclusivamente feminina. Para André, é um dom.
Dizem que a arte salva e talvez seja verdade, se pegarmos a história do adolescente André Müller, 15 anos. A arte no caso dele é o crochê.
Há dois anos, André confecciona peças de crochê para ajudar a mãe Luciene, que tem paralisia infantil, na renda de casa. Eles moram em Garuva, Santa Catarina.
Como tudo começou
Cada “não” que a mãe recebia quando saía para buscar emprego por causa da sua condição mexia muito com André. Foi então que ele começou a fazer crochê para por essa dor para fora.
Renda fixa
A pensão do pai de André, morto em 2011 após uma parada cardíaca. Essa é a única renda fixa dele e da mãe.
O problema é que o aluguel de R$ 600 da casa onde moram compromete mais da metade da pensão.
A situação lá anda nada fácil, essa que é a verdade. O Brasil tomou conhecimento da história da família depois de uma reportagem do jornalista Herison Schorr, do site Folha Norte SC.
Preconceito
Tem gente que ainda acha que crochê é uma atividade exclusivamente feminina. Para André, é um dom. Errado não está.
“Não precisa se esconder e nem sentir vergonha, pois é um dom de Deus, e em tempos atuais, não existe mais trabalho feminino ou masculino”, afirma.
Ele aprendeu a fazer crochê com a avó e vendo tutoriais no YouTube.
André está no 9º do ensino fundamental. Ele faz os crochês antes e depois das aulas.
Pensando lá na frente, no seu futuro, o jovem artesão quer fazer faculdade de pedagogia e ser professor de séries iniciais.
Na sala de aula ou num ateliê, o objetivo certamente será um só: tirar da cabeça da mãe os “nãos” que a vida te deu. O filho diz “sim”.
Com a repercussão da sua história, o jovem já tem uma fila de espera de 3 meses para as encomendas!
Os pedidos não param de chegar – ele deve ficar doidinho com o celular ‘apitando’ toda hora. André tem encomenda até de Portugal!