MEDO DE FALAR EM PÚBLICO SUPERA MEDO DE ANDAR DE AVIÃO

  • Língua Portuguesa
  • Publicado em 29 de maio de 2019 às 11:37
  • Modificado em 8 de abril de 2021 às 14:20
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Pânico. Tremedeira. Gagueira. Boca seca. Coração disparado. Suor na palma das mãos. Frio na barriga. Vertigem. Vontade de sair correndo por qualquer porta sem olhar para trás. Vontade de abrir um buraco e se enfurnar nele. Desejo quase incontrolável de gritar: mãieee!!!”. São esses apenas alguns dos sintomas frequentes que tomam de assalto quem precisa falar em público. A plateia parece portar facas nos olhares pronta para o esfolamento. Cada risinho é uma afronta; cada bocejo, um soco no estômago.

O medo de errar, de parecer ridículo, de não saber responder às possíveis perguntas deixa o falante na situação do mais profundo e absoluto desespero, aquele em que se esquece o próprio nome. Hoje o medo de falar em público supera o de andar de avião. Não há milagre, nem fórmulas mágicas, mas há como minimizar o estrago que “errar” supostamente fará na autoestima de qualquer tímido: fazer um curso com uma equipe multidisciplinar com um professor de oratória, um psicólogo, um fonoaudiólogo e, se possível, um “coaching” e um terapeuta especializado em biblioterapia.

A “timidez”, “doença” que espeta quem não consegue falar em público. Para muitos especialistas, o medo de falar em público vira pavor, se o falante não for bem sucedido na primeira tentativa. O pânico poder ser comparado ao medo de andar de avião. Por quê? Porque o desesperado não está no controle da situação, e pior, está fora do ambiente em que se sente confortável. No entanto, em um mundo superpovoado por pessoas com necessidades urgentes e interesses diversos, é preciso desenvolver estratégias para expor ideias em público, mas não só isso, é também necessário convencer as pessoas dos propósitos da exposição.

Muitas vezes, o sucesso pessoal e profissional depende das estratégias de como falar para plateias específicas. Logicamente, qualquer um pode ser surpreendido até na reunião de moradores do condomínio, ou na empresa em que trabalha ou em uma reunião de pais na escola. É crucial se preparar contra as intempéries da vida. As empresas, por exemplo, preferem trabalhar com equipes que primem pela troca de informações e exposições de ideias inovadoras. O mercado cruel quer comunicação rápida e respostas rápidas.

O mercado de trabalho precisa de pessoas que não tenham medo de falar em público, mas também dominem técnicas de persuasão. São escolhidos para os melhores cargos aqueles que não se encolhem, não se sentem acuados, quando pressionados e não se recusam a falar para um grupo determinado, quando requisitados.

As empresas precisam agilizar e melhorar o atendimento atingindo diretamente o cliente. As escolas querem professores didáticos capazes de manter o interesse dos alunos nas aulas, e, para que tudo isso funcione. Até mesmo em uma situação informal como festa de aniversário ou de casamento qualquer um pode ser chamado a falar.

Algumas dicas: Comece lendo um texto para si mesmo em voz alta; em seguida, faça o mesmo olhando-se no espelho; mais tarde, grave-se cantando e observe-o com cuidado; fale de improviso ou leia em voz alta. Finalmente, reúna um pequeno grupo de pessoas para contar piadas, cantar, ler um texto ou fazer um debate. Se nada disso der certo, procure a equipe multidisciplinar.

Pior que a censura de outras pessoas é a autocensura. É ela que mata o desenvolvimento de várias habilidades. Pequenos ajustes possibilitam grandes mudanças. Finalmente, muita gente não gosta de falar em público, porque não tem vocabulário. Leitura e escrita são muitas vezes as chaves do sucesso. Sem dominar as palavras, não há como dominar o conhecimento. Sem dominar o conhecimento, é impossível dominar o discurso. Expressar-se em grupo vira um ato caótico.


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