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Mesmo que demore para ser utilizado, método surgiu com intuito de reduzir a demanda por transplante de órgãos
Construir novos
órgãos a partir de um gel já é realidade. Premiado no 45º Congresso da
Sociedade Brasileira de Cirurgia Cardiovascular, o projeto é responsável por um
grupo de pesquisadores da USP que pretendem construir novos órgãos com células
do próprio paciente.
Criado para ser utilizado em impressoras 3D, o gel
foi feito para simular uma estrutura idêntica à natural. A pesquisa utilizou
órgãos de porco para estimular células que estão no coração. A ideia, assim, é
simular o comportamento que elas teriam dentro do animal.
Os pesquisadores descobriram que, na utilização
desses tecidos artificiais, que são idênticos a células, eles se comportam
exatamente como se fossem nativos. O médico Gabriel Liguori, principal autor do
estudo, explicou que o principal motivo da descoberta foi a grande demanda
mundial de transplante de órgãos.
Mesmo com o êxito na pesquisa, o pesquisador,
doutorando em Cirurgia Torácica e Cardiovascular na Faculdade de Medicina da
Universidade de São Paulo (FMUSP), conta que esse método começará a ser
utilizado em humanos em um prazo de 10 a 15 anos.
A pesquisa, no entanto, possui um caráter bastante
particular a Liguori. Por ter nascido com uma cardiopatia congênita, a
malformação do coração, desde sua primeira semana de vida frequentava o
Instituto do Coração (Incor) do Hospital das Clínicas (HC-FMUSP). Dois anos
depois, ele passou por uma cirurgia a fim de corrigir o problema.
Com a convivência e tendo que visitar frequentemente
o Incor, o agora médico se encantou pela área, o que fez com que ele cursasse
Medicina justamente para atuar em cirurgia cardíaca pediátrica e poder realizar
a mesma cirurgia em crianças.