Ligue 180 recebeu 17,8 mil denúncias nos dois primeiros meses de 2019

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 8 de março de 2019 às 16:42
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 19:26
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Serviço, que recebe denúncias de violações contra aos direitos das mulheres, registou aumento de 36,85%

O Ligue 180, central do governo
federal que recebe denúncias de violações contra os direitos das mulheres,
recebeu, nos primeiros dois meses do ano, 17.836 notificações, 36,85% superior
ao constatado em 2018, segundo o Ministério da Mulher, da Família e dos
Direitos Humanos (MMFDH).

No mesmo período do ano passado,
foram computadas pela central 11.263 denúncias, um pouco menor na comparação
com 2017, quando 12.368 violações contra as mulheres foram comunicadas ao Ligue
180.

Em nota, a pasta esclareceu que, este
ano, considerou os registros feitos até último dia 26 de fevereiro, e que os
episódios envolvem cárcere privado, feminicídio, trabalho escravo, tráfico de
mulheres e violências física, moral, obstétrica e sexual. O ministério informou
ainda que os estados com maior incidência de casos foram Rio de Janeiro
(3.543), São Paulo (3.263), Minas Gerais (2.122), Bahia (1.232) e Rio Grande do
Sul (1.033).

No ranking anual, fechado em 2018,
aparecem no topo São Paulo (16.802), Rio de Janeiro (15.178), Minas Gerais
(9.810), Bahia (6.716) e Distrito Federal (5.836).

Ao final de 2018, o Ligue 180 havia
recebido 92.323 denúncias. Já no ano anterior, a central encerrou os trabalhos
com um total de 73.669 casos reportados.

Para a secretária Nacional de
Políticas para Mulheres, Tia Eron, a central contribui para que o governo possa
definir quais políticas públicas devem ser priorizadas. “A Secretaria Nacional
de Políticas para Mulheres tem como prioridade elaborar e implementar políticas
públicas para o enfrentamento da escalada da violência contra as mulheres, com
ações eficazes que propiciem a promoção da autonomia feminina e a segurança
necessárias à garantia dos seus direitos. O Ligue 180 tem papel imprescindível
por se tratar de um importante canal de coleta de dados para a formulação de
políticas públicas e para a articulação da Rede de Proteção às Mulheres em
Situação de Violência”, disse a secretária.

Gratuito, o Ligue 180 funciona 24
horas por dia, todos os dias da semana, no Brasil e em outros 16 países:
Argentina, Bélgica, Espanha, França, Guiana Francesa, Holanda, Inglaterra,
Itália, Luxemburgo, Noruega, Paraguai, Portugal, Suíça, Uruguai e Venezuela e
nos Estados Unidos, em São Francisco e Boston.

O serviço, que também pode ser
acionado por meio do aplicativo Proteja Brasil, além de registrar denúncias de
violações contra mulheres, encaminhá-las aos órgãos competentes e realizar seu
monitoramento, dissemina informações sobre direitos da mulher, amparo legal e a
rede de atendimento e acolhimento.


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