Justiça precisa definir situação de 868 candidatos barrados, mas com votos

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 12 de outubro de 2018 às 08:34
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 19:05
compartilhar no whatsapp compartilhar no telegram compartilhar no facebook compartilhar no linkedin

SP, RJ e PR aparecem com os maiores números de votos em candidato sub judice

As urnas foram fechadas no domingo, mas 868 candidatos em todo o país que receberam votos estão com sua situação eleitoral indefinida. 

Esses políticos tiveram seus registros negados, mas ainda têm recursos pendentes nos tribunais regionais eleitorais e no Tribunal Superior Eleitoral e por isso os votos que receberam só serão computados – como válidos ou anulados – depois da sentença final.

Outros 198 políticos tiveram os recursos julgados entre os fechamentos das urnas e a eleição, portanto, e por isso os votos por eles recebidos foram automaticamente anulados. 

Ao todo, 1.066 candidatos barrados e que tiveram os nomes mantidos nas urnas receberam 3,7 milhões de votos.

A votação dos chamados candidatos sub judice fica separada pela Justiça Federal, e os votos são considerados nulos ou anulados. Só após uma decisão final sobre os recursos, é que esses votos são validados ou anulados definitivamente.

Maior colégio eleitoral, São Paulo tem o maior número de votos em candidatos indefinidos são 961.660 mil. Ao governo do Estado estão pendentes Marcelo Candido (PDT), que recebeu 323.235 votos, e Lilian Miranda (PCO) com 7.035.

Além disso, são 107 candidatos a deputados federais com 195 mil votos, 92 a deputados estaduais com 148 mil votos e três ao Senado com 287 mil votos.

No Rio de Janeiro, dois candidatos ao governo local estão com votos suspensos: Garotinho (PRP) com 84.187 e Luiz Eugênio Honorato (PCO) com 2.863

. A votação deles, no entanto, é bem menor do que a registrada pelos políticos que vão disputar o segundo turno: Witzel teve 3.154.771 (41,28%) dos votos válidos e Paes 1.494.831 votos (19,56%). Ex-governador do Estado, Garotinho foi barrado com base na Lei da Ficha Limpa e já teve recursos negados pelo Tribunal Superior Eleitoral.

Ainda no Estado, dois candidatos ao Senado, 66 à Câmara dos Deputados e 126 para a Assembleia Legislativa estão com votos congelados. O Rio tem 488.200 votos suspensos.

Minas Gerais, apesar de ter o segundo maior eleitorado do país, registra 125 mil votos suspensos, reunindo votação de um candidato ao senado, 36 à Câmara dos Deputados e 43 à Assembleia Legislativa.

O Paraná aparece na terceira colocação de votos congelados: sendo 379 mil (347 mil ao governo do Estado, 15 mil para a Câmara e 16 mil para a Assembleia local).

Ao todo, foram 813.680 votos em candidatos a governador que estão com recurso negados. Os candidatos ao Senado com registro indeferido tiveram 956.021 votos. 

Os que tentavam vagas para deputado federal, mas tiveram registro negado, alcançaram 1.015.894 votos, enquanto candidatos a deputado estadual barrados obtiveram 1.009.654 votos.

A ideia do TSE é acelerar o julgamento desses casos para que se tenha uma definição antes da diplomação dos candidatos.

Segundo ministros, a expectativa é de que os casos de candidatos ao governo e ao Senado que não tiveram votos suficientes para serem eleitos sejam considerados prejudicados por relatores, sem irem a julgamento. 

Em relação aos deputados  federais e estaduais/distritais, como a eleição é proporcional e o resultado pode alterar bancadas, os casos devem ser analisados individualmente.

(Texto de Márcio Falcão – Jota Info)


+ Política