Igreja de Franca investiga porta hóstia, terço e folheto que resistiram a incêndio

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 22 de julho de 2018 às 18:32
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 18:53
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Bispo diz que ainda não considera o caso milagre, mas criará comissão de apuração

O ​bispo Diocesano Dom Paulo Roberto Beloto disse que a igreja católica vai investigar o caso de um “porta hóstias”, um terço e um folheto de oração que resistiram a um incêndio em um carro em Franca. O caso ocorreu em 8 de julho e ninguém se feriu.

Ministra da eucaristia, a aposentada Maria Emília Castaldi, de 76 anos, contou que saía de casa para ir à missa, por volta de 7h, quando tentou dar a partida no carro da família e não conseguiu. Ela percebeu que havia fumaça no motor e desceu do veículo.

Em poucos minutos, o fogo se alastrou e queimou completamente o interior do carro. Maria Emília relembra que, enquanto via as chamas avançarem, orava para que não chegassem ao tanque de combustível e causassem uma explosão.

“Fui pegar o controle dentro de casa para a abrir o portão e fiquei nervosa, então eu disse: ‘Nossa Senhora, me ajuda a achar o controle, porque sozinha eu não consigo’. Chamei o vizinho para ajudar a colocar o carro para fora, com medo de que o incêndio se alastrasse pela casa”, diz.

Em 15 minutos, o carro estava todo queimado. O Corpo de Bombeiros foi chamado ao local e combateu o fogo. A aposentada afirma que, após o rescaldo, se surpreendeu ao ver uma teca – porta hóstias -, um terço e um folheto de oração intactos no banco do veículo.

“Estou tranquila porque, quem tem a Deus, nada lhe falta. Ele estava presente na minha vida e foi uma experiência boa. Foi um acontecimento muito imporante para mim”, diz.

O porta hóstia, o terço e a oração no banco do carro destruído pelo fogo em Franca

Segundo a Diocese de Franca, o caso não está sendo considerado milagre, mas uma comissão de padres pretende analisar e ouvir os envolvidos. O bispo Dom Paulo Roberto Beloto disse se tratar de uma experiência particular, vivida pela aposentada.

“Não havia hóstia, por isso não podemos dizer que foi um milagre eucarístico. Mas, é um fato impressionante. Vou pedir ao tribunal eclesiástico para fazer uma investigação e consultar essas pessoas envolvidas, para depois emitir uma nota oficial”, afirma.

Nas ruas do município, entretanto, a história dos objetos católicos que resistiram ao incêndio já é considerada providência divina.

“É um milagre. Nós, que somos católicos, pensamos que as coisas boas que acontecem na vida da gente vêm da fé. É a fé que a pessoa teve que a ajudou. É um acontecimento muito interessante”, afirma a dona de casa Maria Luiza Nascimento.

Maria Emília da Silveira Castaldi conta que objetos católicos resistiram ao incêndio no carro


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