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Operação de venda do Regional pode alterar o panorama dos planos de saúde existentes em Franca
Confirmando notícia exclusiva divulgada pelo Jornal da Franca no
sábado, dia 15, uma assembléia de associados, realizada na noite de
segunda-feira, 17, decidiu pela venda do Hospital Regional e do Regional
Clínicas para o Hospital São Francisco, de Ribeirão Preto.
Também confirmando a notícia do Jornal da Franca, o valor do
negócio gira em torno de R$ 60 milhões. Embora discutida na assembléia, a forma
de pagamento não foi divulgada pelo acionistas da empresa.
O Regional Clínicas tem uma carteira de aproximadamente 50 mil
planos de saúde, entre os particulares e empresariais.
Informações davam conta de que nos últimos tempos o Regional
Clínicas e o Hospital Regional receberam propostas de três empresas de medicina
de grupo, mas que a mais forte e precisa foi a do Hospital São Francisco.
Médicos que integram a diretoria do Regional disseram que o
hospital passou por um eficiente processo administrativo, o que melhorou seu
desempenho no mercado e, mais do que isso, despertou o interesse de grupos
médicos.
Um dos itens que prolongou a negociação foi a garantia de
estabilidade para o corpo clínico, mas o São Francisco aceitou incluir a
garantia de permanência dos médicos pelo prazo de sete anos, sem redução de
valores nas consultas e procedimentos. Vai, inclusive, garantir o mínimo legal
nos reajustes.
Um diretor que participou da negociação e da assembléia disse
que agora serão redigidos os contratos para que seja marcada a data de
transmissão para os novos adquirentes.
Esse mesmo diretor explicou que o negócio surgiu no momento
certo, pois o São Francisco recebeu um aporte financeiro, com a venda de parte
de suas ações para o grupo Gávea, cujo nome que desponta com proeminência é do
ex-presidente do Banco Central, Armínio Fraga.
A expectativa é que dentro de alguns dias o Regional e o
Regional Clínicas divulguem um comunicado oficial, inclusive para a população,
informando a negociação com o São Francisco, e informando aos usuários dos
serviços médicos e de saúde sobre as mudanças.
Com um corpo clínico sólido, o Hospital Regional sempre foi
disputado pelo mercado. Há algum tempo, visando o fortalecimento da medicina
francana, foi feita uma fusão com a Unimed Franca, com a cooperativa pagando
pelos ativos e pela carteira de convênios do Regional Clínicas.
Este negócio precisou ser desfeito depois que o CADE – Conselho Administrativo
de Defesa Econômica – não autorizou sua concretização, dizendo que concentrava
o mercado em apenas uma empresa.
Os primeiros comentários depois de confirmada a venda do
Hospital Regional e do Regional Clínicas vieram de médicos da Unimed.
Sob a condição de permanecer anônimos, disseram que o maior
receio é de “dumping” – quando se cobra menos do que o custo, o que causaria um
grave problema de equilíbrio financeiro na maior cooperativa de médicos
francanos.