Hoje é o dia da Língua Nacional

  • Língua Portuguesa
  • Publicado em 5 de novembro de 2019 às 21:51
  • Modificado em 8 de abril de 2021 às 14:20
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DIA 05/11

“TUPY or not Tupy? That’s the question.”

Hoje comemoramos o dia da língua nacional?

Manifesto Pau-Brasil de 1925: “A língua sem arcaísmos, sem erudição. Natural e neológica. A contribuição milionária de todos os erros. Como falamos. Como somos.” (Oswald de Andrade)

Mas, de que língua estamos falando?
Aquela que herdamos de Portugal, a língua d’além mar? Ou daquela que reagiu contra o colonizador ganhando voz de tacape, de berimbau, de bambu? Aquela que ganhou novas cores, novos ritmos, novos sabores? Aquela que engolimos, deglutimos e expelimos como Brasil?
O Brasil de Drummond, de Clarice, de Guimarães, de Graciliano, de Jorge Amado? A língua de Mano Brown, de Emicida, de Caetano, de Chico, de Leminsk, de Veríssimo, de Cora, de Cecília, de Patativa do Assaré, de Manoel de Barros, de Ariano Suassuna, de João Cabral…?
Essa língua carnavalizada, língua de calundu, amarga de falar, difícil de escrever, de descrever, linda de sussurrar, de falar, puro mel, mel fel, língua pra amar, língua pra xingar.
Essas línguas, dialetos, regionalismos, universalismos, de mil sons, mil grafias, mil gramáticas, comida de Brasil.

Diz Oswald:

“Antes dos portugueses descobrirem o Brasil, o Brasil tinha descoberto a felicidade”.

“Quando o português chegou / Debaixo de uma bruta chuva / Vestiu o índio / Que pena! Fosse uma manhã de sol / O índio tinha despido / O português”.

“Nunca fomos catequizados. Vivemos através de um direito sonâmbulo. Fizemos Cristo nascer na Bahia. Ou em Belém do Pará”.

“Mas nunca admitimos o nascimento da lógica entre nós. Contra o Padre Vieira. Autor do nosso primeiro empréstimo, para ganhar comissão. O rei analfabeto dissera-lhe: ponha isso no papel mas sem muita lábia. Fez-se o empréstimo. Gravou-se o açúcar brasileiro. Vieira deixou o dinheiro em Portugal e nos trouxe a lábia”. (Trecho do Manifesto Antropofágico – Oswald de Andrade).

Língua de pensar, de escrever, de traduzir, de induzir, de sonhar, de analisar, de ver, de rever, de Reverter, de viajar, de poetar…

“Estou farto do lirismo comedido
Quero antes o lirismo dos loucos
O lirismo dos bêbedos
O lirismo difícil e pungente dos bêbedos
O lirismo dos clowns de Shakespeare

– Não quero mais saber do lirismo que não é libertação”. (Manoel Bandeira)

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