Gasto em dólar com cartão de crédito será fixado em real do dia da compra

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 28 de novembro de 2018 às 13:20
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 19:11
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A medida foi anunciada nesta quarta-feira, 28 de novembro, e começa a valar a partir de março de 2020

Os gastos feitos em moeda estrangeira
nos cartões de crédito internacionais terão seu valor fixado em reais pela taxa
de conversão vigente no dia de cada gasto realizado.

A medida foi anunciada nesta
quarta-feira, 28 de novembro, pelo Banco Central (BC) e passa a valer a partir
a partir de 1º de março de 2020.

Dessa forma, diz o BC, o cliente
ficará sabendo já no dia seguinte quanto vai desembolsar em reais, eliminando a
necessidade de eventual ajuste na fatura subsequente. “A medida aumenta a
previsibilidade para os clientes em relação ao valor a ser pago, evitando o
efeito da variação da cotação da moeda estrangeira entre o dia do gasto e o dia
de pagamento da fatura”, explicou o BC, em nota.

Além disso, acrescenta o BC, a medida
aumenta transparência e a comparabilidade na prestação do serviço, padronizando
as informações sobre o histórico das taxas de conversão nas faturas que terão
que ser divulgadas em formato de dados abertos, de forma que os rankings de
taxas possam ser estruturados e divulgados.

Para a sistemática de fixação do
valor em reais na data do gasto, a fatura terá que apresentar, além da
identificação da moeda, a discriminação de cada gasto na moeda em que foi
realizado e o seu valor equivalente em reais e as seguintes informações
adicionais: data, valor equivalente em dólares (quando a moeda usada na compra
for diferente de dólar) e a taxa de conversão do dólar para o real.

De acordo com a circular, as
instituições poderão ofertar ao cliente sistemática alternativa de pagamento da
fatura pelo valor equivalente em reais no dia de seu pagamento. Nesse caso, diz
a circular, o cliente terá que aceitar “expressamente” essa opção.

Segundo o presidente do BC, Ilan
Goldfajn, que apresentou nesta quata, 28, avanços da Agenda BC+ (formada por medidas
para tornar o crédito mais barato, aumentar a educação financeira, modernizar a
legislação e tornar o sistema financeiro mais eficiente), a medida vai demorar
mais de um ano para ser implementada pelas instituições financeiras. “Algumas
instituições já oferecem, outras ainda precisam mudar o sistema. O consumidor
vai se sentir mais confortável em saber na hora da compra quando ele gastou. É
uma medida que facilita a vida do cidadão”, disse.


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