Franca segue “patinando” enquanto outras cidades implantam o Detecta

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 17 de setembro de 2018 às 11:43
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 19:01
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Ribeirão e cidades menores como São Joaquim, Altinópolis, São Carlos e Porto Ferreira já têm o sistema

Enquanto o sistema de vigilância por câmeras em Franca continua um verdadeiro mistério e sem se prestar ao importante auxílio às forças de segurança, outras cidades vão evoluindo, pois, seus governos colocam em prática o que prometeram durante a campanha política. 

Um dos assuntos colocados em discussão, ainda durante o  Governo Alexandre Ferreira (20134-2016) foi a implantação do Detecta, tema que sequer foi abordado em quase dois anos de governo do atual Prefeito Gilson de Souza. 

Enquanto isso, diversas cidades da região, inclusive menores (Altinópolis, São Joaquim da Barra, São Carlos e Porto Ferreira) já assinaram o convênio), o governo de Franca segue no mais completo imobilismo. 

Enquanto não responde ás críticas quanto ao abandono do sistema de câmeras instalado na região central da cidade (que ninguém sabe se funciona e, se funcionam, quantas estão em operação e de que forma o sistema é operado), a Prefeitura de Franca continua na rabeira deste tema que deveria estar na pauta central das ações para garantir a segurança dos cidadãos, pois, apesar do excelente trabalho realizado pela Polícia Militar, os índices de furtos e roubos na cidade são alarmantes. 

Até porque, não há planejamento de atendimento global do sistema de vigilância, como por exemplo, ocorre em Rifaina e está sendo instalado em Pedregulho, cidades em que são priorizadas as entradas, saídas e eventuais rotas de fuga de bandidos que chegam de outras cidades para agirem na cidade. 

A questão da segurança, não se sabe porque, sempre foi uma questão traumática para o atual prefeito de Franca, Gilson de Souza (DEM), tanto em sua atuação como deputado estadual por três mandatos, quanto na condição de prefeito de Franca, cujo mandato se aproxima da metade sem ações efetivas neste campo. 

Veja, por exemplo, o completo abandono dos equipamentos doados pelo Governo Federal para a campanha “Todos contra o Crack”, do Ministério da Justiça e o patente sucateamento e falta de incentivos e planejamento estratégico para atuação eficiente da Guarda Civil Municipal – GCM – cujo efetivo é total e inexplicavelmente desproporcional à relação guarda-população. 

O DETECTA EM RIBEIRÃO

A Prefeitura de Ribeirão Preto assinou na sexta-feira (14) o convênio com a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP) para implantação do Detecta, um sistema que integra bancos de dados das polícias para identificação de veículos e pessoas suspeitas de envolvimento com a criminalidade. A vigência do acordo é pelo período de cinco anos. 

As 33 câmeras previstas inicialmente para serem interligadas ao sistema devem ser instaladas até o final deste ano em pontos mapeados pela PM (Polícia Militar). Os primeiros testes operacionais, porém, deverão ocorrer somente no primeiro trimestre de 2019, segundo declaração do prefeito Duarte Nogueira (PSDB), durante cerimônia nesta manhã com o secretário de Segurança Pública, Mágino Alves Barbosa Filho, no Palácio Rio Branco. 

O custo das primeiras 33 câmeras deve ser de R$ 1 milhão e será pago pela prefeitura com o financiamento de um montante de R$ 3 milhões destinados à segurança pública. O valor também deverá ser empregado na aquisição de mais 17 câmeras, cujos prazo e locais de implantação ainda não foram definidos, e na compra de 15 novas viaturas para a Guarda Civil Municipal (GCM).  

Ribeirão será a quinta cidade da área do CPI-3 (Comando do Policiamento do Interior) a implantar o sistema Detecta. Altinópolis, São Joaquim da Barra, São Carlos e Porto Ferreira já assinaram o convênio. Ao todo são 66 municípios no Estado. 

“As informações de todas essas câmeras estarão disponíveis não só para as polícias Militar e Civil, mas para a Polícia Federal e para a Guarda Civil Municipal, conforme a hierarquia de informações que podem ser compartilhadas e os protocolos de segurança, seja para prender bandido ou para investigação”, declarou Nogueira. 

O secretário Mágino Filho disse que o crime que mais preocupa as autoridades em São Paulo é o roubo à mão armada. 

“Esse é o crime que mais traz sensação de insegurança. Embora em queda há quase um ano, nossa grande batalha é passar essa sensação de que está em queda”, explicou. 

O comandante do CPI-3 de Ribeirão Preto, coronel PM Carlos Alberto Machado, ressaltou que o Detecta vai otimizar o policiamento e que também poderá ser empregado em uma fiscalização de trânsito. 

“Os locais em que mapeamos as 33 câmeras agregam a preservação da vida. São locais onde está havendo acidente de trânsito com vítima, então também pode ser agregado na contenção de velocidade”, afirmou o coronel. 

Mais vigilância 

As 24 câmeras do monitoramento Olhos de Águia, que funcionam em pontos estratégicos da área central de Ribeirão também poderão ser interligadas ao Detecta. No entanto, ainda será preciso uma avaliação técnica sobre essa possibilidade. 

Outras câmeras instaladas por comerciantes e associações de bairros, como no caso do Condomínio Virtual da City Ribeirão, na zona Sul, também poderão ser interligadas ao sistema. 

Dados 

O sistema Detecta foi implantado pelo Governo de São Paulo em 2014 e reúne dados do Registro Digital de Ocorrência (RDO), Instituto de Identificação (IIRGD), Sistema Operacional da Polícia Militar, Sistema de Fotos Criminais (Fotocrim), além de dados do veículo e da Carteira Nacional de Habilitação (CNH) por meio do Detran (Departamento Estadual de Trânsito). 

De acordo com dados da SSP, há 2,4 mil leitores de placas em todo o Estado, que já ajudaram na prisão em flagrante de 11.173 pessoas até o último dia 3 de setembro, na interceptação de 6,8 mil veículos e na apreensão de 546 armas de fogo. 

“Importante passo no segmento de segurança pública, que são várias mãos. O Detecta é um braço dessa tecnologia, que vai agregar valores aos nossos policiais com a segurança da cidade e com apoio dos munícipes nessa integração”, finalizou o comandante do CPI-3, coronel Carlos Alberto Machado.  

(Com informações complementares do Jornal A Cidade, Ribeirão Preto)

Mais vigilância 

As 24 câmeras do monitoramento Olhos de Águia, que funcionam em pontos estratégicos da área central de Ribeirão também poderão ser interligadas ao Detecta. No entanto, ainda será preciso uma avaliação técnica sobre essa possibilidade. 

Outras câmeras instaladas por comerciantes e associações de bairros, como no caso do Condomínio Virtual da City Ribeirão, na zona Sul, também poderão ser interligadas ao sistema. 

Dados 

O sistema Detecta foi implantado pelo Governo de São Paulo em 2014 e reúne dados do Registro Digital de Ocorrência (RDO), Instituto de Identificação (IIRGD), Sistema Operacional da Polícia Militar, Sistema de Fotos Criminais (Fotocrim), além de dados do veículo e da Carteira Nacional de Habilitação (CNH) por meio do Detran (Departamento Estadual de Trânsito). 

De acordo com dados da SSP, há 2,4 mil leitores de placas em todo o Estado, que já ajudaram na prisão em flagrante de 11.173 pessoas até o último dia 3 de setembro, na interceptação de 6,8 mil veículos e na apreensão de 546 armas de fogo. 

“Importante passo no segmento de segurança pública, que são várias mãos. O Detecta é um braço dessa tecnologia, que vai agregar valores aos nossos policiais com a segurança da cidade e com apoio dos munícipes nessa integração”, finalizou o comandante do CPI-3, coronel Carlos Alberto Machado.  

(Com informações complementares do Jornal A Cidade, Ribeirão Preto)​


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