Fotógrafo assassinado a paulada após cobrar dívida em Sacramento

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 12 de junho de 2018 às 06:54
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 18:48
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Genro do homem preso, de 20 anos, que está foragido, foi apontado pelo detido como o autor

A Polícia Militar procura segundo suspeito de ter assassinado o fotógrafo Gilmar Alves Cintra, 57 anos, que foi encontrado morto no sábado (9), enterrado em mata da sua fazenda, situada nas proximidades de Sacramento (MG), região do Soberbo. A vítima é natural daquele município, mas residia no bairro Boa Vista, em Uberaba. Um dos suspeitos, de 46 anos, foi preso e confessou ter participado do crime.

Segundo informações da PM, o genro do homem preso, de 20 anos, que está foragido, foi apontado pelo detido como o autor do homicídio. De acordo com a PM, a motivação do crime teria sido porque o suspeito preso devia R$600 para a vítima. No entanto, ele relatou aos militares que quem devia certa quantia em dinheiro para a vítima seria o seu genro. Gilmar teria se deslocado até a casa do acusado preso na manhã da última sexta-feira (8) para cobrar a dívida de aproximadamente R$600. A cobrança seria relativa à venda de gasolina e de roupas. No momento da cobrança, o suspeito teria dito à vítima que “homem não cobra de outro homem” e que iria à casa de Gilmar à noite para pagar a dívida.

A PM descobriu que o corpo estava enterrado depois que testemunhas informaram aos militares que a vítima estava desaparecida desde a noite da última sexta-feira. Neste dia, os dois suspeitos foram vistos na residência rural da vítima, pouco antes do seu desaparecimento. Desta forma, a PM foi até a residência do acusado de 46 anos, onde foram localizadas partes de um CRLV, pertencente ao veículo do fotógrafo, uma espingarda e uma blusa preta com vestígios de sangue. No veículo do suspeito, que assumiu a participação no crime, também havia vestígio de sangue. Na residência de Gilmar também foram localizados vestígios de sangue, sendo na varanda de entrada, sala e um quarto. Foi jogado farelo de milho sobre o sangue na varanda de entrada, segundo a perícia técnica da Polícia Civil.

O homem preso também relatou à PM que o seu genro o chamou para ir à casa da vítima, com quem disse que teria uma dívida. Em determinado momento, ainda conforme o depoimento, o genro, com um pedaço de pau, desferiu um golpe contra a cabeça da vítima, que teria caído ao solo já sem vida. Contou também que o autor da paulada o obrigou a ajudar a remover o corpo do local até uma mata. Eles teriam colocado Gilmar no porta-malas de seu carro e se deslocaram para mata fechada perto da sua residência.

Durante a noite de sexta-feira, teriam deixado o corpo próximo a uma estrada e retornaram para casa, sendo que na manhã de sábado o foragido teria lavado o porta-malas do veículo e se deslocado a cavalo até o local, levando o corpo para dentro da mata, cavando um buraco, e por fim enterrou-o. O suspeito detido contou também que chegou a ir ao local a pé e viu quando o genro terminava de enterrar a vítima.

Gilmar Cintra foi sepultado na manhã de ontem, por volta de 8h, no cemitério São João Batista.


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