Flávia Lancha e Alexandre Ferreira participaram de debate na TV no domingo

  • Joao Batista Freitas
  • Publicado em 23 de novembro de 2020 às 14:47
  • Modificado em 11 de janeiro de 2021 às 09:15
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Em três blocos, candidatos a prefeito por Franca apresentam suas propostas para buscar votos de eleitores

Os dois candidatos à Prefeitura de Franca (SP) no segundo turno, Flávia Lancha (PSD) e Alexandre Ferreira (MDB), participaram na noite deste domingo (22) do debate realizado pela EPTV.

O debate da EPTV foi mediado pelo jornalista Danilo Scochi e foi dividido em três blocos.

Por conta da pandemia de Covid-19, candidatos e mediador, no estúdio, foram separados por um acrílico e ficaram em uma distância segura entre eles.

PRIMEIRO BLOCO

Alexandre Ferreira

Conselhos municipais: “Controle social chama-se conselhos municipais. Está previsto na Constituição Federal. Lá que as pessoas vão saber quais são as políticas públicas, vão deliberar sobre as políticas públicas, vão entender e fiscalizar todas as ações de um governo. É lá que nós, prefeitos, temos que entender o que a população está pensando do nosso serviço, da nossa política, qual é a visão que ela tem, qual é a ótica que ela tem, como é que ela enxerga, se está bem ou está mal feito. É lá no conselho”.

Controle de pragas: “Eu já vi muitas infestações e todas elas controladas. Infestações, elas existem e têm que ser controladas, como a gente fez. É um processo normal que a gente faz hoje, inclusive, em todos os prédios públicos. Tem que ser feito”.

Flávia Lancha

Conselhos municipais: “Os conselhos, eles ajudam, sim, o gestor a tomar suas decisões. Eu sempre fui muito da participação, de ouvir pessoas. E os conselhos terão voz na minha gestão. Aliás, vamos criar ainda mais conselhos, dar mais força aos já existentes. Então, tenho muita tranquilidade de dizer que sim, nós teremos a força dos conselhos juntos da nossa gestão, ouvindo suas sugestões e dando a sua participação, a sua voz para uma gestão mais eficiente e uma gestão mais comprometida”.

Controle de pragas: “A gente tem que cuidar, começar cuidando com os órgãos do município e, principalmente, aqueles relacionados à saúde”.

SEGUNDO BLOCO 

Flávia Lancha

Limpeza urbana: “O contrato de varrição de ruas de Franca, da Seleta, que vai ser, inclusive, renovado ou renegociado agora. A gente precisa, sim, como tantos outros contratos que já estão há algum alguns anos em Franca, que eles sejam fiscalizados. A Seleta faz um bom serviço, nós temos pessoas capazes que estão atuando (…).Franca tem uma cooperativa de reciclados que precisa urgentemente ter um olhar, porque eles precisam desse reforço. Inclusive, a Seleta participou, né, pra dar uma força, pra tá mostrando o trabalho deles. Então, a gente acredita que é preciso, sim, ler o contrato, esmiuçar o contrato e fiscalizar esse contrato. Mas, mais importante que tudo, é tentar o máximo possível manter nossa cidade limpa. E esse é um desafio, porque sim, Franca é extremamente esparramada”.

Saneamento básico: “Também tenho muito orgulho da Sabesp, inclusive tem vários amigos, engenheiros, né, que trabalham na Sabesp. Nós, de Franca, temos um privilégio de ter essa empresa, um privilégio de ter o nosso saneamento. Inclusive, né, isso facilitou muito, até nesse problema da Covid, que se a gente fizer uma proporção, as mortes em Franca ainda foram pequenas e muito se deve a questão do saneamento básico, sim, mas nunca termina, né? Os problemas sempre aparecem. Alguns condomínios ainda queriam que fosse separado a questão da água em relação a cada um e a gente tem que ver em parceria o que é que a gente pode fazer de melhor pra população, mesmo com uma empresa tão competente como a nossa Sabesp”.

Emprego: “Bom, nós temos que fortalecer a micro, pequena, através do empreendedorismo, através de capacitação, através de dar um estímulo para as empresas. Criar, por exemplo, que é um dos meus projetos, é uma feira permanente na Francal. Essa feira permanente será pra que? Os pequenos empresários tenham espaço pra estar vendendo os seus produtos, por exemplo, do setor calçadista, setor de confecção, do café, de alimentos. Dessa maneira, a gente estará fortalecendo gerando mais emprego, mais economia pra cidade. Inclusive, impulsionando o turismo, trazendo pessoas de fora pra que comprem na nossa cidade, mostrando que a nossa cidade tem o potencial enorme e eu falo muito uma coisa: está na hora da gente virar o mapa, virar o mapa é o que? É vender Franca pro Sul de Minas, a gente tem um mercado consumidor não explorado. Então, nós precisamos sair da caixinha virar nosso mapa e trazer o consumidor de Minas pra também vir pra nossa cidade”.

Alexandre Ferreira

Limpeza urbana: “Fazer o controle, nós sabemos que todo mundo tem que fazer, mas como fazer? E eu explico pra vocês. Nós, através da medição, pode ser usar o Google Earth, pode ser no próprio chão, duas, três motos, acompanhando todos os locais, mas principalmente, fazendo um planejamento, onde estarão, quanto são, em que rua, em que bairro, que as pessoas estão fazendo a varrição. E aí, você consegue ir nesses locais e ver se efetivamente o serviço tá sendo feito. Por se foi bem feito, se a pessoa esteve lá nos horários corrigidos, corretos, da maneira com que tá no contrato, como tá acordado. Se as pessoas varreram a metade da, da rua só, uma parte dela, só de um lado, só de outro, se tirou eh folha de calçada, se não tirou, se tirou terra na sarjeta, se não tirou é assim que faz controle de varrição na cidade”.

Saneamento básico: “Nós temos hoje uma empresa especializada nisso, que ganhou prêmios internacionais e que faz um trabalho excepcional: Sabesp. Nós temos hoje o melhor saneamento básico do país. Nós temos uma condição que podemos garantir a todos que não temos doenças evitáveis, por saneamento ou por falta de saneamento. Vejam que nós hoje temos uma obra muito grande pra buscar a água lá no Rio Sapucaí, favorecendo o fornecimento de água, melhorando o tratamento. Temos também, por exemplo, ações com os loteamentos, pra que quando for vender os lotes ou for construir casas, igual eu construir, Bernardino, Copacabana, Rubi, mais de mil e duzentas unidades habitacionais, que essas unidades já tenham um sistema de coleta, distribuição de água tratada em quantidade e qualidade suficiente, mas também já tem uma coleta de esgoto. E aí, entra a Sabesp novamente, com uma qualidade tratamento de água, no tratamento de esgoto, no tratamento de que depois vão voltar pros cursos de água com segurança. Mais do que isso, um trabalho voltado ao combate aos efluentes, aos esgotos domésticos jogados nos córregos, que já é muito pouco, mas nós precisamos carregar isso um pouco mais no trabalho”.

Emprego: “Mais de 85% dos nossos empregos estão nas micro e pequenas empresas. Elas precisam de ajuda pra fazer gerenciamento, pra organizar, administrar a sua empresa. Nós vamos dar suporte, eu criei a sala do empreendedor, eu comprei uma van e coloquei pra suporte pra essas microempresas. Nós vamos facilitar o acesso a crédito dessas microempresas. Nós vamos criar condições deles terem metas pra serem cumpridas, pra contratar mais gente, pra estruturar mais gente. E, além disso, nós vamos fomentar a abertura de novas empresas, micro e pequenas empresas, porque elas são mais fáceis de serem gerenciadas, mais tranquilas. E nós vamos dar treinamento, capacitação, organização e financiamento pra que elas existam. E aí, vamos dar segurança e gerar emprego na cidade, assim que faz”.

TERCEIRO BLOCO

Flávia Lancha

Plano de governo: “Nós tivemos muito cuidado ao construir nosso plano de governo, porque nós num plano de governo pé no chão. Hoje a gente vem pós-pandemia, enfrentando várias dificuldades e o orçamento da prefeitura, inclusive, vai ser mais baixo do que o previsto pro ano que vem. Então, principalmente, o que nós queremos? Nós queremos transformar Franca em uma cidade forte e bem cuidada, através do bairro forte, que é levar atividades multidisciplinares para os bairros”.

Educação: “A nossa proposta é transformar Franca na capital da primeira infância do interior, dando um ensino de qualidade, uma formação continuada dos professores, que há anos são desvalorizados. (…) Nós precisamos trazer os pais pra que se envolvam nesse processo todo. O dinheiro investido na primeira infância, ele retorna sete vezes ao estado quando ele se torna adulto. E é importante também que a gente una as principais secretarias em prol desse desenvolvimento da primeira infância. E assim teremos adultos mais saudáveis e competentes”.

Considerações finais: “Faz dois anos que eu tenho andado de bairro a bairro, ouvindo as pessoas para saber o que elas mais querem. O que elas querem é muito simples. Elas querem cuidado sim, elas querem saúde, que elas tenham um bom atendimento. Que tenham médicos, principalmente especialistas, ginecologistas. Elas querem uma educação de qualidade, vagas na creche. Elas querem emprego. E eu tenho muita tranquilidade de dizer que venho me preparando, sim, pra ser uma boa gestora. Nem sempre falar, nem sempre debate, mas com ações, com trabalho”.

Alexandre Ferreira

Plano de governo: “Quando eu fui prefeito, nós tínhamos um plano de governo. Em dois anos, nós cumprimos todo o plano de governo. Tudo que estava previsto. E mais, fizemos também aquilo que estava nos planos dos outros candidatos. É interessante a gente olhar o plano dos outros candidatos, porque tem muita coisa lá que a gente pode trazer pra nós e fazer (…) Vou cumprir de novo, agora, todo o meu plano, mas vou absorver muita coisa dos outros planos que tem muita coisa boa também”.

Educação: “A porta de entrada hoje é a creche. A criança entra bem nova. Cuidar dessa primeira infância. Então, nesse processo, nós temos que oferecer estruturas condizentes, vagas em quantidade e qualidade suficientes pra atender todas as crianças (…) Então, você que tá nas creches particulares, se prepare, que nós vamos comprar vagas pra colocar as nossas crianças nas suas creches. Você que está nas creches conveniadas, se preparem, que nós vamos criar protocolos de segurança pra todos, pra absorver isso.”

Considerações finais: “Então, hoje, gente, não dá pra errar. Agora, não é hora de errar mais. Lá atrás nós erramos. Agora não pode errar. Agora não pode falar: ‘Ah, será que vai dar conta?’ Não, agora é assim: Dá conta. Faz. Já fez? Vamos de novo. Agora é hora de acerto, de positividade. Agora é hora de fazer com que a cidade tenha uma segurança no Prefeito, que entende das ações, que sabe das ações, que vai fazer, porque já fez. Agora é hora de segurança. Agora não é hora de um voo cego, em que a gente não sabe o que vai acontecer, como foi há quatro anos atrás”.

(fonte: G1) 


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