Febre aftosa: em novembro começa a vacinação de bovinos e bubalinos em SP

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 27 de outubro de 2017 às 20:22
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 18:24
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Até 30 de novembro devem ser vacinados todos os bovídeos do rebanho paulista

O ​lançamento oficial da segunda etapa da campanha de vacinação contra a febre aftosa de 2017 no estado de São Paulo será realizado no dia 1º de novembro, às 15 horas, na Fazenda Jacutinga 1 – Agropecuária Casa da Figueira, em Flórida Paulista, com a presença do secretário de Agricultura e Abastecimento, Arnaldo Jardim, e do coordenador da Defesa Agropecuária, Fernando Gomes Buchala.
  Até 30 de novembro devem ser vacinados todos os bovídeos (bovinos e bubalinos) do rebanho paulista de 11 milhões de cabeças. Os animais vacinados em maio, que na época tinham até 24 meses, também devem ser vacinados. É proibida a vacinação de outras espécies além de bovinos e bubalinos   

Vacinação eficiente

A primeira providência para garantir uma vacinação eficiente é adquirir as vacinas em estabelecimentos cadastrados junto à Coordenadoria de Defesa Agropecuária (CDA). Isso porque todo o estoque de vacina disponível no Estado para comércio durante a campanha de novembro (a legislação proíbe o uso de vacinas adquiridas em etapas de vacinações anteriores) é cadastrado pela revenda no sistema informatizado Gedave. 

No momento da compra, o volume adquirido pelo criador é transferido, por meio do sistema, para o estoque da propriedade, o que facilita a declaração da vacinação pelo criador.   A vacina nunca deve ser congelada. 

Deve ser mantida entre 2 e 8 graus Celsius, tanto no transporte como no armazenamento, usando uma caixa de isopor, com no mínimo dois terços de seu volume em gelo para que a vacina não perca sua eficácia. 

Para realizar a vacinação deve ser escolhido o horário mais fresco do dia, classificando os animais por idade (era) e sexo, para evitar acidentes.   

Usar seringas e agulhas novas e higienizadas, sem o uso de produtos químicos (nem álcool, nem cloro). 

O local da aplicação é no terço médio do pescoço (tábua do pescoço). Independente da idade, a dose é de 5 mL de vacina.

As agulhas devem ser substituídas com frequ ência (a cada 10 animais), para evitar infecções e os frascos devem ser mantidos resfriados durante a operação.   

Combate à febre aftosa 

O criador deve se organizar para fazer a vacinação dentro do prazo estabelecido pela legislação, ou seja, de 1 a 30 de novembro, e tem até o dia 7 de dezembro para comunicar a vacinação ao órgão oficial de Defesa Agropecuária diretamente no sistema informatizado Gedave. 

É preciso também declarar todos os animais de outras espécies existentes na propriedade, tais como equídeos (equinos, asininos e muares), suideos (suínos, javalis e javaporco), ovinos, caprinos e aves (granjas de aves domésticas, criatórios de avestruzes).  

A vacinação é obrigatória. 

Deixar de vacinar e de comunicar a vacinação sujeita o criador a multas de 5 Ufesps (125,35 reais) por cabeça por deixar de vacinar, e 3 Ufesps (75,21 reais) por cabeça por deixar de comunicar. O valor de cada Ufesp – Unidade Fiscal do Estado de São Paulo é 25,07 reais.   

Plano estratégico 

A retirada da vacinação contra a febre aftosa está prevista no Plano Estratégico 2017-2026 do Programa Nacional de Erradicação e Prevenção da Febre Aftosa, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). 

Para São Paulo, que pertence ao grupo IV, juntamente com os Estados da Bahia, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Sergipe e Tocantins, a previsão é 2021.  

Devido à necessidade de uniformizar a estratégia de vacinação justamente com o calendário dos demais Estados, e considerando o pleito do setor produtivo, São Paulo solicitou ao Ministério o ajustamento do calendário. 

“A campanha de novembro não será alterada. O ajustamento será iniciado na primeira etapa da campanha, em maio de 2018 com a vacina ção de todos os bovídeos”, disse Fernando Gomes Buchala, coordenador da Defesa Agropecuária.


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