FEAPAES-SP: Festival é um ponto de mudança no trabalho de inclusão social

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 16 de julho de 2019 às 16:38
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 19:40
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Presidente da FEAPAES-SP, Cristiany de Castro, lutou para que o Festival Nossa Arte tivesse outra dimensão

Antes uma iniciativa de inclusão que começou timidamente, o Festival Nossa Arte assumiu uma relevância sem precedentes na edição de 2019, que começou nesta segunda-feira, dia 15, em Valinhos-SP.

A advogada Cristiany de Castro, presidente da Federação das APAES do Estado de São Paulo e secretária-executiva da Frente Parlamentar Mista em Defesa das APAES, cuidou de catalisar a atenção do público que já atua em defesa da causa da pessoa com deficiência e se mobilizou para transformar o evento num exemplo de inclusão da pessoa com deficiência na sociedade por meio da arte.

Realizada a partir das 19h, no auditório Paulo Apóstolo da Rede Século 21, a abertura foi um grande acontecimento.

Começou uma palestra do renomado Max Gehringer, que trouxe um breve histórico sobre organizações que atuam na defesa dos direitos das pessoas com deficiência intelectual, passando pela criação da primeira APAE até chegar ao momento atual.

Depois, para emocionar o público presente, se apresentou Paulinho Duque, um jovem da APAE de Ariquemes, em Rondônia, que viralizou nas redes sociais cantando a música “Hear me now”, do DJ Alok.

Logo em seguida aconteceu o show de Guipson Pierre, cantor haitiano que se destacou no programa The Voice.

A presidente da FEAPAES-SP, Cristiany de Castro, ficou emocionada com o sucesso do evento de abertura. Lá estavam 900 pessoas, entre artistas e familiares, e mais de 50 APAES, mostrando que o evento, que é trianual já pede sua transformação em pelo menos bianual.

Com o objetivo cada vez mais determinado de fortalecer as APAES e todos os trabalhos que valorizam os deficientes, Cristiany de Castro diz que “ainda hoje, a arte desta muito distante das pessoas, poucos têm acesso. No nosso país, infelizmente, quando se trata da pessoa com deficiências a situação é ainda pior”.

Cristiany de Castro diz que as pessoas com deficiência são privadas de visitar museus, exposições, ir a teatros ou cinemas, porque os órgãos ainda se preocupam muito pouco com a acessibilidade e os direitos dessas pessoas.

Ela diz, com convicção, que o Festival Nossa Arte, “além de gerar inclusão social da pessoa com deficiência, valoriza a dignidade do ser humano que, durante muito tempo, foi forçado a viver à margem da sociedade”.

Além disso, a secretária executiva da Frente Parlamentar Mista em Defesa das APAES, que é presidida pelo deputado Márcio Alvino, faz questão de dizer que a arte exerce um grande papel no desenvolvimento das potencialidades das pessoas com deficiência.

O Festival Nossa Arte continua até esta quarta-feira (17). O público poderá prestigiar apresentações em várias modalidades artísticas: artes visuais (desenho, fotografia, pintura, gravura, colagem, escultura, instalação, computação gráfica e vídeo.

Na programação do evento tem ainda artes cênicas, como mímica, teatro, dublagem e dramatização.

Quem for a Valinhos poderá ver ainda dança moderna, dança clássica, dança contemporânea, danças de salão e danças urbanas como hip hop e street dance.

A organização não se esqueceu de incluir no festival as artes literárias como poesias e textos. Também está prevista uma parte de artes musicais, seja instrumental e vocal, além de dança folclórica regional, nacional e internacional.

Por fim, a Federação abriu espaço para que a clientela atendida possa participar do festival com peças de artesanato.


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