Facebook, Instagram e Twitter na mira: marcas se unem e vão boicotar

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 28 de junho de 2020 às 16:34
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 20:54
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Coca-cola, Honda e Unilever são empresas que anunciaram suspensão de publicidades em redes sociais

O posicionamento das redes sociais em relação a temas como discurso de ódio e racismo está gerando um movimento de boicote por parte de grandes empresas, que têm anunciado suspensão de investimentos em publicidade no Facebook, Twitter e Instagram.

A ação contra as plataformas teve adesão da multinacional de bens de consumo Unilever, que não deve fazer ações de marketing nas redes sociais nos EUA até o fim deste ano.

A Unilever é uma das maiores anunciantes do mundo, tendo investido mais de 8 bilhões de dólares em marketing no ano passado.

Outras grandes marcas reforçam o movimento: é o caso da Coca-Cola, que comunicou um bloqueio global às ações de marketing nas redes sociais durante o mês de julho.

“Usaremos este tempo para reavaliar nossas políticas e padrões de publicidade para determinar se precisamos fazer revisões internamente e que ações devemos esperar dos nossos parceiros de redes sociais para livrar as plataformas de discursos de ódio, violência e conteúdo inapropriado”, disse a empresa.

Os posicionamentos das empresas são comunicados após pressões feitas por organizações de justiça social. 

Cada vez mais, instituições da sociedade civil detalham como as grandes corporações apoiam o discurso de ódio por meio de verbas publicitárias.

Também as operações da Honda nos EUA anunciaram a suspensão de investimentos em ações de marketing via Facebook e Instagram. Assim como comunicado pela Coca-Cola, a iniciativa é válida para o mês de julho.

“Escolhemos estar ao lado das pessoas que estão unidas contra o ódio e o racismo. O posicionamento está de acordo com os valores da nossa companhia, baseados no respeito humano”, emitiu a Honda, em nota.

O Facebook tem sido criticado pela decisão de não agir sobre publicações do presidente Donald Trump, que declarou a possibilidade de uso de violência na recente onda de protestos que abalou os EUA, após o assassinato de George Floyd por um policial em Minneapolis.


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