Facebook alcança 2,6 bilhões de usuários com suas plataformas

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 31 de outubro de 2018 às 00:35
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 19:07
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Com isso avança sua liderança no ranking mundial de redes sociais e plataformas digitais

O império Facebook chegou a 2,6
bilhões de usuários em todo o mundo com suas plataformas (WhatsApp, Instagram e
Messenger, além da rede social que dá nome à companhia).

A informação foi divulgada pelo
presidente da empresa, Mark Zuckerberg, após a divulgação dos resultados do
terceiro trimestre de 2018.

Somente o Facebook tem 2,3 bilhões de
usuários entrando na plataforma todo mês, sendo 1,5 bilhão todo dia.

Com isso, a plataforma avança em sua
liderança no ranking mundial de redes sociais e plataformas digitais. A
empresa chega com seus produtos a 34% da população mundial, se considerados os
7,5 bilhões de pessoas, de acordo com dados do Banco Mundial.

Segundo o ranking de redes
sociais divulgado pela consultoria internacional de levantamento de dados
Statista, com informações atualizadas em outubro, seguindo a liderança do
Facebook vêm YouTube (1,9 bilhão de usuários), WhatsApp (1,5 bilhão), Facebook
Messenger, (1,3 bilhão), WeChat, (1,05 bilhão), Instagram (1 bilhão), QQ (803
milhões), Qzone (548 milhões), Tik Tok (500 milhões) e Sina Weibo (431
milhões).

A empresa é responsável por cinco das
seis primeiras redes sociais. As exceções são o YouTube, pertencente à Google,
e o WeChat, espécie de WhatsApp chinês.

No ranking das 10 principais
plataformas, outros aplicativos chineses estão bem colocados, como QQ, Qzone e
Tik Took. Contudo, os números de usuários dessas redes são ancorados pela
grande população chinesa residindo no país e imigrante em outras nações, com
menor expressão em países de outras línguas.

Em seu comunicado, Mark Zuckerberg
destacou o aumento das receitas no trimestre, que foi de 33% sobre o mesmo
período no ano passado, atingindo US$ 13,7 bilhões (mais de R$ 50 bilhões). No
ano passado, a empresa faturou cerca de US$ 40 bilhões (R$ 148 bilhões), em um
aumento de quase 50% sobre o ano anterior, quando a companhia havia gerado
receitas de US$ 27 bilhões (cerca de R$ 100 bilhões).

Tendências
das redes

Zuckerberg aproveitou a divulgação
dos resultados para comentar mudanças nas estratégias da empresa.

Ele identificou três grandes
tendências e desafios. O primeiro é a mudança das pessoas de redes sociais
tradicionais (como o próprio Facebook) para mensagens privadas (como no
WhatsApp) e para a linguagem de stories (bastante popular no Instagram).

O segundo é o crescimento do vídeo
entre as plataformas do “ecossistema”. Ele reconheceu que o principal
aplicativo para isso é o YouTube, mas afirmou que a companhia trabalha para
fazer seus serviços de vídeo uma “experiência única centrada nas pessoas”. Ele
projeta que as linhas do tempo devem se alterar para stories e vídeos, e
que as formas de interação dos próximos 10 anos serão calcadas nos grupos, ou
“comunidades”.

O terceiro desafio é o que chamou de
“ameaças à segurança”. O FB vem sendo bastante questionado pela disseminação de
notícias falsas desde 2016. Neste ano, já teve três grandes vazamentos de
dados, sendo o último no mês passado e que comprometeu 30 milhões de usuários.
O incidente motivou investigações do Ministério Público do Distrito Federal e
Territórios e questionamentos de organizações da sociedade civil e do Congresso
Nacional.

Outros aplicativos também entraram na
mira de autoridades e da atenção mundial. O WhatsApp foi bastante questionado
pela onda de linchamentos na Índia neste ano em razão de boatos difundidos pela
rede. Como resposta, a empresa reduziu o número de destinatários dos encaminhamentos.

Nas eleições brasileiras encerradas
no último domingo, 28, o aplicativo também foi criticado pelo seu papel na
difusão de desinformação sobre candidatos e apoiadores. Investigações sobre
esquemas de disparo em massa foram denunciados pela imprensa e viraram alvo de
apuração pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e pela Polícia Federal. “Ao
longo dos últimos anos, nós fizemos um monte de trabalho e muito progresso. Nós
ainda temos pelo menos um ano antes dos nossos sistemas estarem no nível que
queremos, mas eles estão ficando melhor a cada dia – e isso é por conta tanto
da tecnologia quanto das pessoas. Nossos sistemas para identificação proativa
de conteúdo prejudicial estão melhorando. Nossos sistemas para detecção de
interferências nas eleições estão mais maduros agora”, garantiu Zuckerberg.


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