Ex-prefeito acusado de mandar matar Giriri vai a júri popular em Franca

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 12 de março de 2018 às 08:58
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 18:37
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Sérgio Augusto de Freitas será julgado em Franca pela morte de Gilberto Soares dos Santos, Giriri, em 1998

Acusado de mandar matar o
antecessor há 20 anos, o ex-prefeito de Igarapava, Sérgio Augusto Freitas vai a
júri popular nesta segunda-feira, 12 de março, no Fórum de Franca.

O réu, conhecido como Serginho, responde pela morte de
Gilberto Soares dos Santos, o Giriri, assassinado com 11 tiros em outubro de
1998.

O tribunal do júri foi determinado pelo juiz Lúcio
Alberto Enéas da Silva Ferreira em outubro do ano passado. Freitas responde por
homicídio triplamente qualificado, sequestro e cárcere privado.

Cinco testemunhas de acusação e outras cinco de defesa –
duas delas de Uberaba (MG) e São José do Rio Preto (SP) – devem prestar
depoimento em plenário.

A pronúncia, segundo o
magistrado, foi mantida pelo Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP), que
negou os agravos ajuizados pela defesa do réu, e pela 2ª Turma do Supremo
Tribunal Federal (STF).

Advogado de Serginho, Sergei Cobra Arbex negou um
suposto excesso de recursos por parte da defesa e alegou que não há provas
sobre o envolvimento do ex-prefeito na morte de Giriri.

O ex-prefeito está preso desde julho do ano passado por
envolvimento em um suposto esquema de fraudes em licitações na Prefeitura que
somam R$ 26,4 milhões apontado na Operação Pândega. Em 2009, ele também foi
condenado ao regime semiaberto por extorsão, quando era vereador. 

O assassinato

Giriri estava no segundo mandato quando foi sequestrado por
cinco homens armados, que invadiram a chácara onde ele morava em Igarapava. O
grupo amarrou e trancou em um banheiro a mulher dele, os quatro filhos e uma
cunhada, que estavam no local.

O corpo
do prefeito foi encontrado no dia seguinte em uma estrada de terra com marcas
de tiro e sinais de espancamento. Dos 13 denunciados, oito foram condenados.
Acusado de ser o mandante do crime, o então vice-prefeito é o único que ainda
não foi julgado.

O
Ministério Público sustenta que Serginho agiu por vingança e mandou matar o
antecessor por desavença política: Giriri não estaria cumprindo um acordo feito
com aliados, que envolvia a concessão de cargos na Prefeitura e participação
nas decisões do governo. A defesa nega a participação dele no crime.


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