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Advogado do prefeito pediu anulação ou remarcação de todas as oitivas já realizadas por comissão
A estratégia da defesa do prefeito Gilson de Souza (DEM) é clara. Protelar ao máximo os trabalhos da Comissão Processante para forçar que o prazo de 90 dias para conclusão dos trabalhos expire e a CP seja encerrada sem uma conclusão contundente.
Até agora, o advogado Denílson de Carvalho pediu a remarcação ou anulação, por eventuais problemas nos ritos processuais, de todas as testemunhas que já depuseram na Comissão Processante, que avalia denúncias contra Gilson de pode sugerir, no final, a cassação do mandato do prefeito.
As alegações de Denílson para protelar ou tornar sem valor os trabalhos da comissão são variadas. Já pediu cancelamento de oitivas por alegar falta de rito processual; deixou o plenário da Câmara como protesto durante uma oitiva; entrou com representação contra o presidente da comissão, Adermis Marini (PSDB) por suposto “abuso de poder”.
E tem mais: não compareceu a duas audiências por estar viajando para o Mato Grosso em uma e por ter audiência na Justiça Federal, em outra, praticamente no mesmo horário. Em ambos os casos, Denílson ou Gilson poderiam ter nomeado outro defensor para o prefeito.
O presidente da comissão disse que independente das tentativas de Denílson o processo irá continuar e será concluído até antes do prazo final, que é três de janeiro. Na segunda-feira, é aguardada a oitiva de Gilson de Souza, na Câmara. Já é esperado que ele não compareça e que sua defesa, por algum motivo, peça a remarcação, o que não deverá ser acatado. “Vamos concluir os trabalhos dentro do prazo”, disse o vereador.
O parecer final da comissão será elaborado pelo relator, Della Motta (Podemos), e entregue para apreciação dos demais vereadores. Se a conclusão for pela cassação de Gilson, serão necessários pelo menos dez votos concordando. A outra alternativa é o arquivamento do processo.