Estelionatários presos em Campo Grande fizeram mais de 100 vítimas em Franca

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 19 de setembro de 2018 às 13:01
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 19:01
compartilhar no whatsapp compartilhar no telegram compartilhar no facebook compartilhar no linkedin

“Golpistas são profissionais, artistas, dissimulados e com desvio de personalidades”

Uma quadrilha de estelionatários presa  em um Café na Avenida Afonso Pena, em Campo Grande (Mato Grosso de Sul) já fez mais de 100 vítimas em Franca. 

Segundo o delegado Enilton Zalla, os golpistas são profissionais, artistas, dissimulados e com desvio de personalidades. 

“Eles tentam enganar até a polícia”, diz. Oito vítimas de Sidrolândia foram identificadas. O bando lucrou mais de R$ 100 mil com vendas de cartas de crédito falsas no município.

Os suspeitos Clésio de Jesus Ruas, 36 anos, Guilherme Natali da Silva, 22 anos, Juliano César Pasti Marcelo, 23 anos, e Pedro Henrique Natali da Silva, 23 anos, foram autuados por estelionato, associação criminosa e falsidade ideológica. 

Eles foram levados para a Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) do Centro.

O quinto integrante da quadrilha identificado como Wilian Garcia Guedes ainda não foi localizado, mas o delegado já pediu a prisão dele. “A gente ainda não sabe onde ele está”, afirma Zalla. 

O caso será investigado pela Dedfaz (Delegacia Especializada de Repressão a Crimes de Defraudações, Falsificações).

Como agiam 

Além de usar uma pessoa para fazer propaganda, a quadrilha oferecia cartas de crédito pelas redes sociais. Eles pediam um terço do contrato, ou seja, valores de entrada que iam de R$ 7 mil a R$ 40 mil. 

Assista, abaixo, ao vídeo que o delegado fala sobre o caso. 

Mais vítimas 

A Polícia Civil chegou até Wilian depois de encontrar uma reportagem em que o suspeito aparece preso por aplicar golpes. Os comparsas dele confirmaram que Wilian faz parte do bando.

Conforme a Polícia Civil, Clésio era o cabeça do grupo. Todos os pagamentos, depósitos e transferências eram feitos para a conta dele. 

A primeira vítima da quadrilha em Sidrolândia foi um homem que fazia propaganda do grupo. 

Após descobrir sobre o golpe, ele passou a avisar os conhecidos que tinham feito contrato com os estelionatários.

Até que na terça-feira,  as vítimas que foram de Sidrolândia a Campo Grande para assinar o contrato com o grupo, acionou a Polícia Militar e relatou sobre a situação. 

Dois dos suspeitos foram presos em flagrante. Os outros dois foram localizados em um hotel, próximo, onde estavam hospedados. 

Lá, a polícia encontrou vários documentos, contratos e máquinas de cartão de crédito.

Eles admitiram a forma de agir. Mas afirmam, segundo a polícia, que a empresa vai pagar os contratos.

“Eles são profissionais. Se forem soltos, vão migrar para outra cidade”, disse o Delegado. 

Ainda segundo o delegado, o grupo já passou por Curitiba (PR), Ponta Grossa (PR) e Brasília. Também há suspeita de vítimas em Dourados.

Falsas cartas de crédito e mais de R$ 100 mil de lucro

Os suspeitos Clésio de Jesus Ruas, 36 anos, Guilherme Natali da Silva, 22 anos, Juliano César Pasti Marcelo, 23 anos, e Pedro Henrique Natali da Silva, 23 anos, foram autuados por estelionato, associação criminosa e falsidade ideológica. Eles foram levados para a Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) do Centro. 

O caso será encaminhado para a Delegacia Especializada de Repressão a Crimes de Defraudações, Falsificações.

Conforme a Polícia Civil, as vítimas contaram que conheceram os autores por indicação de um pessoa. 

Elas compraram, cada uma, cartas de crédito – parte delas foram pagas à vista.

Porém, após pagamento em dinheiro e transferências bancárias, os suspeitos deixaram de manter contato com frequência. 

sse intermediário avisou as vítimas que se tratava de um golpe assim que soube que também havia sido passado para trás.

O prejuízo passa dos R$ 100 mil, porém os contratos somam cerca de R$ 300 mil. 

As vítimas davam entrada e parcelavam o restante. Elas desconfiaram que caíram no golpe porque foram juntando as peças: como falta de reconhecimento de firma nos documentos, que eram apresentados já assinados nas reuniões marcadas. 

Segundo a polícia civil, só uma das vítimas, por exemplo, teve prejuízo de R$ 40 mil.

Há suspeita de que outras vítimas, inclusive de outros Estados, tenham caído no mesmo golpe. 

Os policiais encontraram no hotel em que a quadrilha estava hospedada outros contratos em nome de terceiros, que ainda não foram identificados.

Juiz mantém prisão 

A Justiça decretou a prisão preventiva da quadrilha de golpistas presa em Campo Grande que já fez mais de 100 vítimas em Franca. 

O juiz Alexandre Antunes da Silva decidiu nA manhã de hoje, quarta-feira (19) em audiência de custódia que o grupo deve continuar atrás das grades. 

Até agora, oito vítimas de Sidrolândia foram identificadas. O bando lucrou mais de R$ 100 mil com vendas de cartas de crédito falsas no município.

Os presos são: Clésio de Jesus Ruas, 36 anos, Guilherme Natali da Silva, 22 anos, Juliano César Pasti Marcelo, 23 anos, e Pedro Henrique Natali da Silva, 23 anos. 

Eles foram autuados em flagrante por estelionato, associação criminosa e falsidade ideológica.

Clésio foi encaminhado para o Imol (Instituto de Medicina e Odontologia Legal) para exame de corpo de delito, porque em depoimento ao juiz alegou que foi agredido durante a prisão. 

O quinto integrante da quadrilha do grupo, Wilian Garcia Guedes ainda não foi localizado. 

As prisões aconteceram por volta das 17h de segunda-feira (17) em um Café na Avenida Afonso Pena depois que as vítimas acionaram a polícia. 

Além de usar uma pessoa para fazer propagandas, a quadrilha oferecia cartas de credito pela redes social. 

Eles pediam um terço do contrato, ou seja, valores de entrada que iam de R$ 7 mil a R$ 40 mil. 


+ Segurança