Especialista recomenda cuidados especiais com o pet para sair de viagem

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  • Publicado em 29 de dezembro de 2017 às 00:03
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 18:30
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Preocupação vai além da questão da segurança; tutores devem analisar inclusive o destino e o clima

​Vai sair de viagem e não quer abrir mão da companhia de seu cão ou gato? Antes de decidir levá-lo, é preciso em seu bem-estar do bichinho.

Isto porque, o tempo quente, a mudança de rotina ou o transporte podem afetar a saúde do animal. E, como o verão é um convite a atividades ao ar livre, manter a hidratação é uma das principais preocupações que o tutor deve ter.

Um dos destinos mais procurados com o calor, o litoral é sinônimo de diversão. Mas a combinação areia e água salgada podem provocar problemas de pele, otite e conjuntivite.

Outro risco é a dirofilariose. A doença, também conhecida como verme do coração, pode ser transmitida ao cão por mosquitos contaminados com o parasita.

“Antes, a principal região com esse mosquito era o litoral, mas, hoje em dia, com o trânsito de animais, podemos encontrar a doença mesmo nas áreas ao redor de São Paulo e no interior do Estado”, diz Marcelo Oliveira, médico veterinário do PetFran. 

Os sintomas variam, mas os mais comuns são cansaço fácil, tosse, dificuldade para respirar, perda de peso. A doença, apesar de grave, pode ser evitada com tratamento preventivo – por isso o veterinário deve ser consultado antes da viagem.

Com relação ao tipo de transporte, também é preciso tomar cuidado, já que nem todo pet gosta de andar de carro, e viagens podem ser um suplício para alguns, especialmente os filhotes, mais suscetíveis a enjoos.

No trajeto

Na hora de pegar a estrada, além do cuidado com a segurança do bichinho, que não deve ir solto no veículo, o tutor deve tomar alguns cuidados. Um deles é evitar dar água ou comida pouco antes da viagem –assim, pode evitar que ele vomite. “Cães devem viajar em caixa fixada ao cinto de segurança ou fora da caixa, mas preso ao cinto de segurança por travas especificas. Gatos devem ir na caixinha de transporte”, orienta o médico veterinário.

Se a viagem for longa, devem ser feitas paradas a cada uma a três horas. É bom para o animal se esticar, se refrescar, fazer xixi. Não esqueça do ar-condicionado nos dias quentes.

No caso de viagens de avião, animais de até 10 kg pode ser levados na cabine, em caixa específica. Acima desse peso, deve ir no compartimento de cargas.

Segundo o médico veterinário, a recomendação é jejum de ao menos quatro horas antes do transporte. A caixa deve conter tapete higiênico e, no caso de viagens longas, um frasco com água –e comida– deve ser levado do lado externo da gaiolinha. “É importante checar com a empresa aérea todos os requisitos para o transporte – sedar o animal pode ser exigência”, diz.

Ele lembra também em transporte aéreo ou terrestre, cães e gatos devem apresentar atestado de saúde emitido por um veterinário e carteira de vacina atualizada. Pets de até quatro meses de idade ficam dispensados do atestado de vacina antirrábica. 

E para quem acha que todo esse cuidado é excessivo, o professor Luís Alberto Queiroz garante: “ter nosso bichinho de estimação conosco vale todo esforço e investimento. A gente aproveita a viagem melhor e ele também curte”, diz Luís Alberto, que não abre mão do companheiro Thor.