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Domingo de Ramos, abre a Semana Santa, e para melhor viver cada dia, confira o significado das celebrações
O Ciclo da Páscoa é constituído de três momentos em sua estrutura celebrativa:
1) – a Quaresma, como preparação penitencial para a Páscoa;
2) – o Tríduo Pascal da Morte;
3) – e Ressurreição do Senhor, como celebração solene e seu núcleo vital, e o Tempo Pascal, como prolongamento da páscoa antecedendo Pentecostes.
Este tempo se inicia na Quarta-feira de Cinzas com a quaresma, que é um tempo forte no sentido litúrgico, chamando à conversão e a mudança de vida “Metanóia”.
Neste tempo se pratica a caridade e as obras de misericórdia, como também no Brasil realiza-se a Campanha da Fraternidade, com sua proposta concreta de ajuda aos irmãos.
Dando continuidade, tem-se o Domingo de Ramos, que dá início à Semana Santa e celebra a entrada de Jesus em Jerusalém, aclamado pelo povo com seus ramos de oliveiras.
Com a Semana Santa se tem o Tríduo Pascal que não é um tríduo que prepara para o Domingo da Páscoa, mas um tríduo celebrativo do Mistério Pascal de Cristo que culmina no domingo “Dia do Senhor”.
O Tríduo Pascal começa na Quinta-feira da Semana Santa com Missa da “Ceia do Senhor”, que celebra a instituição da Eucaristia, do Sacerdócio ministerial e do mandamento do amor.
Tem-se, através da segunda leitura deste dia, 1Cor 11, que é o texto mais antigo sobre a Instituição da Eucaristia e que Paulo transmite, com seu testemunho, uma preciosidade recebida dos apóstolos e do Evangelho de São João.
É lá que ele narra a cena do Lava Pés que, antes de mostrar a humildade, Jesus deseja que os cristãos fixem o olhar em seu amor imenso, “Tendo amado os seus que estavam no mundo, amou-os até o fim” (Jo 13, 1-15).
Na sexta-feira, segundo dia do tríduo, às 15h, se celebra a Paixão do Senhor, ou seja, a memória histórica deste ato supremo de amor de Redentor pela humanidade.
Ela consta de três partes: Liturgia da Palavra, Adoração da Cruz e Comunhão Eucarística.
Nas leituras, medita-se a Paixão do Senhor, narrada pelo evangelista São João (cap. 18), mas também, prevista pelos profetas que anunciaram os sofrimentos do Servo de Javé.
Isaías (52,13-53) coloca diante dos olhos cristãos “o Homem das dores”, “desprezado como o último dos mortais”, “ferido por causa dos nossos pecados, esmagado por causa de nossos crimes”. Deus morreu por nós em forma humana.
O terceiro dia do tríduo, o Sábado Santo caracteriza-se pelo silêncio e a confiança na ressurreição do Senhor, lembra o descanso de Deus das coisas criadas e o repouso, por um instante, do Deus feito homem para recriar o universo.
Em honra a Jesus, a Igreja, juntamente com Maria, repousa em um silêncio fecundo de espera enquanto se prepara para receber o Cristo vencedor da morte.
O Círio Pascal, que é a proclamação da Páscoa, é aceso depois da bênção do fogo novo e entronizado solenemente na Igreja, onde se celebra a Vigília Pascal.d
Segundo Santo Agostinho, “essa Noite Santa é a mãe de todas as vigílias centradas nos sacramentos da iniciação cristã (Batismo, Crisma e Eucaristia).
E no Domingo da Ressurreição do Senhor, que corresponde ao 1° Domingo da Páscoa e que se inicia o Tempo Pascal, que é a vivência da festa e vai se prolongar por cinquenta dias, nos quais brilha intensamente a luz do Mistério Pascal na alegria do Senhor Ressuscitado.
Dentro desse riquíssimo tempo litúrgico, é celebrada no 7º Domingo da Páscoa a festa da Ascensão do Senhor – não mais necessariamente aos quarenta dias após a Ressurreição, porque o sentido da celebração é mais teológico do que cronológico.
O período se encerra com a vinda do Espírito Santo, em Pentecostes. A unidade desta Cinquentena é destacada pelo Círio Pascal, que permanece aceso em todas as celebrações até o Domingo de Pentecostes para expressar o Mistério Pascal comunicado aos discípulos de Jesus.
Pentecostes é o encerramento de todo o Tempo Pascal, ele coroa a obra da redenção, pois nela Cristo cumpre a promessa a qual enviaria o Espírito Santo consolador aos apóstolos para os confirmar e os fortalecer na missão apostólica.
Que os cristãos possam neste tempo Pascal viver profundamente a oração e contemplação deste grande mistério, pois Ele morreu por nós para nos salvar de nossos pecados e Ressuscitou para viver eternamente no meio de nós e em nossas vidas.