Em 15 anos, taxa de veículos por habitante dobra em Ribeirão Preto

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 31 de março de 2018 às 01:06
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 18:39
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Com 909 mil carros e motos, cidades da região metropolitana de Ribeirão concentram média superior à capital

A cada dois habitantes da
Região Metropolitana de Ribeirão Preto, existe pelo menos um carro ou moto em
circulação, aponta um estudo da Associação Comercial e Industrial (Acirp).

O levantamento mostra que, em 15 anos, a taxa dobrou e
superou a registrada na capital paulista e representa uma frota de 909 mil
carros e motos em 34 cidades que concentram 1,6 milhão de pessoas.

Para economistas responsáveis pela pesquisa, o
crescimento tem relação direta com um período de ascensão econômica do país e
de políticas de estímulo à compra de veículos, entre 2007 e 2012, e se acentuou
nas cidades menores.

O levantamento, obtido com
dados do Departamento Nacional de Trânsito (Denatran) e da Fundação Seade,
mostra que, em 2002, os municípios da região metropolitana, tais como
Altinópolis, Batatais, Sertãozinho, entre outros, acumulavam 376 mil veículos,
o que resultava em uma taxa de 0,28, ou seja, em torno de um carro ou moto para
cada quatro pessoas.

Quinze anos depois, em 2017, a frota total disparou para
909 mil, com uma alta de 141,75%, e uma média de 0,56, o que resulta em pelo
menos um carro para duas pessoas, o dobro em relação a 2002.

No ano passado, a região
metropolitana também registrou aumento de 10,5% nos acidentes com mortes em
relação a 2016, segundo o Observatório Nacional de Segurança Viária.

Na maior cidade da região, a média de veículos
registrada em 2017 foi de 0,66 veículo por habitante, mas o ritmo de
crescimento, de 80%, foi inferior ao de municípios com menos de 50 mil
habitantes, como por exemplo Santa Cruz da Esperança, em 250%, e Cássia dos
Coqueiros, com 200%.

Números que, para os especialistas, indicam uma margem de crescimento nos próximos anos em localidades com menos de 47 mil habitantes e expansão recente. Em Ribeirão, apesar de em menor ritmo, a concentração dos veículos está acima da capacidade de articulação do trânsito, analisam os pesquisadores.


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