Dólar, greve dos caminhoneiros e estiagem elevam preços em Franca

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 13 de julho de 2018 às 12:35
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 18:52
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Itens consumidos no café da manhã como farináceos, pães e bolos tiveram alta de 40% para os francanos

O café da manhã dos francanos ficou, em média, 32,7% mais caro, no
primeiro semestre deste ano.

De acordo com o IPC-ACIF, Índice de Preços ao Consumidor apurado
pelo Instituto de Economia da Associação do Comércio e Indústria de Franca,
produtos derivados da farinha, como pães, bolos e biscoitos, registraram um
aumento de 40,8%, no período. Já o leite e a manteiga apresentaram,
respectivamente, alta de 71,7% e 19,4%. Já o café obteve queda de 1,15%.

De acordo com Dorival Mourão Filho, presidente da ACIF, alguns
fatores influenciaram diretamente no aumento dos preços. “O aumento do leite é
reflexo da união de dois fatores: estiagem e greve dos caminhoneiros. A falta
de chuva afeta a qualidade do pasto e reflete na diminuição da produção
leiteira. Além disso, a greve dos caminhoneiros ocasionou o descarte de leite
pelos produtores, diminuindo a oferta do produto”, comentou.


Segundo dados do CEPEA (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), o
preço do litro de leite praticado pelos produtores subiu, em média, 25,2% entre
janeiro e junho de 2018.

Já nas gôndolas francanas, o preço ao consumidor, que era de R$
2,19 em janeiro, chegou a R$ 3,76, em junho. Quanto aos farináceos, o trigo foi
o vilão dos preços, já que a tonelada do grão registrou aumento de 57,6% no
primeiro semestre de 2018, conforme o CEPEA. “Este aumento tem ligação com a
alta do dólar, pois a tonelada do trigo é calculada com base na moeda
americana”, explica Mourão.

Conforme pesquisa do IPC-ACIF, produtos de panificadora e
biscoitos que custavam, em média, R$ 5,84 em janeiro, em junho passaram a
custar R$ 8,22, um aumento de 40,8% registrado na cidade de Franca.


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