“Diferente não é inimigo”, afirma Papa Francisco em sua mensagem de Natal

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 24 de dezembro de 2017 às 09:03
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 18:29
compartilhar no whatsapp compartilhar no telegram compartilhar no facebook compartilhar no linkedin

Na mensagem de Natal à Cúria Romana, Papa Francisco defendeu aproximação entre religiões

​“Quem é diferente não pode ser visto como um inimigo”. Foi com esta frase que o Papa Francisco abriu a tradicional apresentação de cumprimentos de Natal à Cúria Romana, esta semana. Na cerimônia, o Papa destacou a relação da Igreja Católica com as outras religiões como um esforço essencial à construção de um mundo marcado pela “civilização do encontro”. 

Ainda segundo ele, o trabalho da Santa Sé nesta matéria deve ser feito em três frentes: da “sinceridade de coração”, da “coragem na diferença”, e na “preservação da identidade”. “Porque não é possível encetar um diálogo verdadeiro baseado na ambiguidade ou no sacrifício do bem próprio para agradar aos outros”, completou. 

Ainda segundo o pontífice, o trabalho também deve ser baseado na coragem na diferença “porque quem é diferente, cultural ou religiosamente, não pode ser visto ou tratado como um inimigo, mas acolhido como um companheiro de caminhada, com a genuína convicção de que o bem de cada um resulta no bem de todos”. 

Já quanto à sinceridade de coração Francisco destacou que o  “diálogo, como expressão autêntica do humano, não é uma estratégia escudada em segundas intenções, mas uma via para a verdade, que deve ser pacientemente proposta par transformar a competição em colaboração”.

Para o Papa, os vários encontros com autoridades religiosas de  outros países e continentes, “foram prova disso mesmo”. A sessão ficou marcada ainda por uma abordagem do Papa ao trabalho da Santa Sé na área do ecumenismo, também junto das Igrejas Orientais e das Igrejas particulares. Sobre o trabalho pela unidade dos cristãos, Francisco frisou que este “é um caminho irreversível, sem retrocessos” e para o qual “a Igreja Católica está especialmente empenhada”. 

O Papa referiu que o ecumenismo “é um ensinamento essencial da fé, e uma exigência que brota do íntimo de cada ser crente em Cristo”. “Se promovermos o encontro como irmãos, se rezamos, se colaboramos juntos no anúncio do Evangelho e no serviço aos mais carenciados, já estamos unidos”, sustentou.


+ Cotidiano