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Apesar de funcionarem, esse tipo de dieta pode excluir nutrientes e se tornar um perigo à saúde
Na ânsia de emagrecer rápido, muitas pessoas lançam mão de dietas restritivas sem nenhum acompanhamento profissional. Por conta disso, os termos “dieta” e “restrição” podem se tornar um perigo para a saúde. “Os maiores perigos são as alterações metabólicas, mudanças hormonais, fraqueza, mal-estar e até desmaios”, observa a nutricionista especialista em Fisiologia do Exercício e Nutrição Esportiva, Talita Silva.
Não param de surgir dietas para quem busca enxugar os quilinhos extras. Entre as mais utilizadas, Talita cita: 1) dieta Dukan: propõe aumento no consumo de proteína; 2) dietas com exclusão do glúten; 3) low carb: redução no consumo de carboidratos; 4) detox: ingestão de shakes como substitutos das refeições; 5) dieta paleolítica ou cetogênica: propõe alta ingestão de gorduras e alimentos naturais; e 6) jejum intermitente, cuja proposta é ficar longos períodos sem se alimentar.
As dietas restritivas fazem com que ocorra uma perda de peso rápida nos primeiros meses, mas depois o corpo tende a entrar no efeito “platô”, que é quando os adipócitos não liberam mais gordura para serem oxidadas, ou seja, o corpo estabiliza a perda de peso. Isso ocorre porque o organismo está habituado a receber uma grande quantidade de calorias e em um curto período a dieta é restringida por menos da metade da ingestão. “Depois do platô a situação se agrava ainda mais, visto que o metabolismo já está habituado com a dieta restritiva, porém o individuo não consegue manter esse planejamento por longo período”, explica a nutricionista. Além disso, as possibilidades de restringir calorias já estão esgotadas, e o pior de tudo, a alimentação errada volta para a rotina, ocorrendo o ganho de peso maior que antes de iniciar a dieta.
Segundo Talita, esse processo de ganho de peso ocorre por vários motivos: durante as dietas ocorre desidratação, perda de massa muscular e com isso o metabolismo se torna mais lento, o apetite aumenta após restrições alimentares, e quando as pessoas param de perder peso, o próprio emocional se afeta, fazendo com que elas reduzam ou encerrem a atividade física. “Desta forma, aumentando a ingestão e diminuindo o gasto, a volta do peso ou até aumento dele é previsível”, completa.
Os erros comuns
Ela alerta que os erros mais comuns cometidos por quem deseja emagrecer, mas não procura orientação profissional são dietas restritivas com a exclusão de nutrientes essenciais; utilização de planos alimentares de outras pessoas; uso de medicamentos para perder peso; esquecer-se da hidratação; preocupar-se mais com as calorias do que com o valor nutricional dos alimentos; não se atentar a outros fatores como: exames bioquímicos, sono, atividade física, controle emocional; e colocar como prioridade a estética e não a saúde.
O melhor caminho é procurar orientação de um profissional especializado a fim de levar em consideração sua genética bem como seus riscos para determinadas doenças crônicas, exames laboratoriais, avaliação física, perfil alimentar habitual, condição social, entre outros.
Um nutricionista é capaz de realizar o planejamento de uma reeducação alimentar de acordo com as necessidades de cada paciente, de forma saudável e não retirando o prazer em se alimentar. “Além disso, é essencial a procura por um educador físico para orientar quanto a prática de exercício, sendo esta uma forma de potencializar a perda de peso e melhorar os exames bioquímicos”, diz ela, que enfatiza: “é importante ressaltar que tudo ocorre de forma gradativa, pensando em mudanças de hábitos para toda a vida, com benefícios na saúde e nutrição adequada”.
NO FOCO
Talita Silva – Nutricionista
Especialista em Fisiologia do Exercício e Nutrição Esportiva
CRN: 47594
Telefone (16) 99199–7528
E-mail [email protected]