Dia 04 de junho é dia de São Francisco Caracciolo, padroeiro de Nápoles

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 4 de junho de 2018 às 00:56
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 18:47
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Canonizado em 1807, este santo também é protetor dos presidiários e condenados à morte

Às vezes
um erro do correio pode ser providencial. No caso deste santo o erro era quase
inevitável.

Ele se
chamava Ascânio Caracciolo e morava junto à Congregação dos Brancos da Justiça,
que se dedicavam à assistência aos condenados à morte, junto à qual exercia a
mesma obra humanitária outro sacerdote com idêntico nome, Ascânio Caracciolo.

Uma carta
foi escrita pelo genovês Agostinho Adorno, venerável, e por Fabrício
Caracciolo, abade de Santa Maria maior de Nápoles. Ambos se dirigiam a Ascânio
Caracciolo para pedir que colaborasse com a fundação de uma nova Ordem, a dos
Clérigos Regulares Menores. Mas a qual dos dois Caracciolo?

O correio
endereçou-se ao jovem sacerdote, nascido a 13 de outubro de 1563 em Vila Santa
Maria de Chieti e que se mudou para Nápoles aos 22 anos de idade para completar
os estudos teológicos. Os anos de sua juventude transcorreram sem que nada de
particular fizesse prever nele a extraordinário atividade apostólica que em sua
curta vida (morreu aos 45 anos) iria desenvolver.

Com os dois
remetentes foi ao ermo de Camaldoli, para a elaboração da Regra, que o Papa
Xisto V aprovou a 1° de julho de 1588. A Francisco Caracciolo se deve a
introdução de um quarto voto, além dos comuns de pobreza, castidade e
obediência: o de não aceitar dignidades alguma eclesiástica. Um ano depois,
Ascânio Caracciolo emitia os votos religiosos assumindo o nome de Francisco.

Em
1593, a pequena congregação – estava ainda numa apertada moradia perto da
igreja da Misericórdia – celebrou o primeiro capítulo geral e Francisco teve de
aceitar por obediência o cargo de prepósito geral. Nesse tempo a jovem
congregação se estabelecia em Roma, na Igreja de Santa Inês, na praça Navona.

Vencido o
seu mandato voltou para a Espanha, onde estivera já em 1593 e lá fundara uma
casa religiosa em Valladolid e um colégio em Alcalá.

Foi mestre
de noviços em Madri e novamente prepósito da casa de Santa Maria maior de
Nápoles.

As
múltiplas atividades haviam enfraquecido sua débil saúde. Durante uma estada em
Agnone, com os padres do Oratório, caiu gravemente enfermo e morreu a 4 de
junho de 1608. O seu corpo, transportado para Nápoles, foi sepultado na igreja
de Santa Maria Maior.

O primeiro
de seus numerosos milagres, a cura de um aleijado precisamente durante seus
funerais, foi a faísca que ascendeu a devoção dos napolitanos para com este
grande santo, canonizado por Pio VII a 24 de maio de 1807 e eleito em 1840
co-padroeiro da cidade de Nápoles.


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