Dengue: Larvas modificadas controlam a proliferação do mosquito Aedes aegypti

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  • Publicado em 1 de junho de 2020 às 19:03
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 20:47
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Projeto “Aedes do Bem” anunciou ter reduzido a população do Aedes aegypti em 95% em Indaiatuba

​O combate ao agente transmissor da dengue, zika, chikungunya e febre amarela ganhou um importante aliado. 

Após pouco mais de três meses de experimentos, o projeto “Aedes do Bem” anunciou ter reduzido a população do Aedes aegypti em 95% em Indaiatuba, cidade do interior de São Paulo.

O feito consistiu em espalhar minicápsulas do mosquito geneticamente modificado. Ao eclodir, apenas os machos sobrevivem e, ao acasalar com as fêmeas selvagens, também produzem uma descendência só de machos, o que interrompe o ciclo de reprodução do mosquito.

O estudo ocorreu durante 13 semanas em dez bairros do município de Indaiatuba. A Oxitec, empresa responsável pela tecnologia, soltou as minicápsulas – com milhares de ovos do inseto transgênico – nas residências locais uma vez por semana.

Sem qualquer tipo de interferência humana, o conteúdo suprimiu 95% das larvas selvagens na área onde foi colocado.

De acordo com a empresa, a nova unidade de produção do Aedes do Bem, em Piracicaba (SP), tem capacidade de gerar 60 milhões de mosquitos por semana, o que seria suficiente para beneficiar até 3 milhões de pessoas, protegendo-as do Aedes aegypti.

A eficiência das minicápsulas foi comprovada no estudo, mas vale ressaltar que esse é apenas mais um dos aliados no combate ao mosquito da dengue. 

As práticas conhecidas de controle ambiental nas residências e locais públicos, como evitar locais em que a água possa ficar parada, evitar acúmulo de lixo, e ter cuidado no manuseio de plantas com água, precisam ser mantidas.

*Metrópoles


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