Cursos profissionalizantes para jovens têm 85% de empregabilidade em SP

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 24 de março de 2018 às 23:32
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 18:38
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Segundo diretor do Instituto Proa, Rodrigo Dib, existe uma grande lacuna entre o ensino público e o mundo real

Em dez anos de
atuação na capital paulista, o Instituto Proa, com apoio do Senac, que possui
unidades em todo o estado de SP, preparou cerca de 3,9 mil jovens para o
mercado de trabalho. Segundo a organização não governamental, 85% dos estudantes
que passam pelos seis meses de programa conseguem a tão sonhada vaga de
trabalho.

Além de disciplinas técnicas, como matemática, informática e
práticas administrativas, a formação busca ampliar o repertório dos
adolescentes e promover mudanças comportamentais. “A gente foca muito no
indivíduo no ser humano, em mudar comportamento, valores e autoestima”, disse o
diretor do instituto, Rodrigo Dib.

Formação
ampla

As aulas acontecem todos os dias, durante seis horas. A formação
técnica, no entanto, é, segundo Dib, a parte menos importante do processo. “O
retorno que temos do próprio mercado de trabalho é que o mais importante são os
aspectos comportamentais a serem trabalhados com os jovens. Aqui vemos que,
muito mais do que um curso técnico, quando a gente consegue ter essa mudança de
comportamento, deles entenderem o mundo ao seu redor, construir projeto de
vida, a gente consegue uma taxa de sucesso bem assertiva”, afirmou.

A ideia é fazer com que os adolescentes consigam medir o próprio
potencial e elaborar objetivos a partir disso. “O que vemos é que existe uma
grande lacuna entre o ensino público e o mundo real, o mercado de trabalho e o
mundo corporativo”, acrescentou o diretor da ONG sobre as carências que o
programa busca suprir.

Depois dos seis meses de curso, os adolescentes ainda são
acompanhados por mais três anos, recebendo apoio para a vida profissional.
“Acreditamos que, chegando aos três anos e meio, estudando, trabalhando e tendo
renda, ele vai poder andar com as próprias pernas”, explicou o diretor.


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