Criador do Instituto Inhotim é condenado pela Justiça por lavagem de dinheiro

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  • Publicado em 17 de novembro de 2017 às 14:41
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 18:26
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Empresário mineiro Bernardo Paz foi condenado a cinco anos e três meses de reclusão em regime semiaberto

O empresário Bernardo Paz foi condenado pela justiça (Foto: Reprodução)

​O empresário mineiro Bernardo Paz, idealizador e principal nome de Inhotim, um dos maiores empreendimentos de arte contemporânea do país, foi condenado a nove anos e três meses de prisão em regime fechado pelo crime de lavagem de dinheiro. A decisão, da 4ª Vara Federal, é de primeira instância e cabe recurso. A informação foi divulgada na tarde desta quinta-feira, 16 de novembro.

A irmã dele, Virgínia Paz, foi condenada pelo mesmo crime a cinco anos e três meses, em regime semiaberto. A defesa já recorreu da decisão.

O Inhotim fica em Brumadinho, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, e é um dos maiores museus a céu aberto do mundo, sede de um dos acervos de arte contemporânea mais importantes do Brasil.

De acordo com a denúncia do Ministério Público Federal (MPF), entre 2007 e 2008, um fundo chamado Flamingo Investiment Fund, sediado no exterior, repassou US$ 98,5 milhões para a empresa Horizontes, criada por Bernardo Paz para manter o Inhotim a partir de contribuições de seus outros empreendimentos.

Inhotim é um dos maiores museus a céu aberto (Foto: Reprodução)

O dinheiro, diz o MPF, foi recebido a título de doações e empréstimos para o instituto, mas logo depois foi repassado “para o pagamento dos mais variados compromissos de empresas de propriedade de Bernardo de Mello Paz, tendo sido constatados diversos saques em espécie nas contas do grupo, sem que se pudesse identificar o destino final dos valores”.

O advogado de Bernardo e Virgínia Paz, Marcelo Leonardo, afirma que as operações financeiras são regulares.

“Eles são inocentes e a decisão é injusta. Esperamos que seja revertida no Tribunal Regional Federal em Brasília”, disse. Segundo o advogado, as operações envolvem apenas as empresas de mineração e siderurgia das quais Bernardo era sócio, não tendo nenhuma ligação com o Inhotim.


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