Copacabana, uma barbada política que se transformou em pesadelo para vereador

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 29 de junho de 2018 às 06:46
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 18:50
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Vereador abraçou a causa com foco em cortar a fita, mas demora causou desgaste a Corrêa Neves Júnior

​Abraçar a causa do Residencial Copacabana parecia uma grande barbada, afinal os apartamentos já estavam praticamente prontos e apenas pequenos ajustes e detalhes seriam necessários para a entrega de 406 imóveis populares, o que certamente daria retorno aos políticos envolvidos na causa.

Corrêa Neves Júnior e Gilson de Souza, recém eleitos para os cargos de vereador e prefeito de Franca, não perderam tempo e tomaram a frente para a conclusão das obras de infraestrutura que restavam no Copacabana.

Parecia que estava tudo fácil e que cortar a fita inauguração seria questão de dias. 

Eles surgiriam como os salvadores da Pátria, entregariam os apartamentos e ainda teriam o gostinho de captar votos em cima de uma obra iniciada e praticamente concluída na gestão do rival politico de ambos, o ex-prefeito Alexandre Ferreira.

Mas no Brasil as coisas não são tão simples e a burocracia emperrou a entrega dos apartamentos em um ano e meio, até agora. 

Com isso, os dois políticos ficaram acuados e passaram a articular nos bastidores e “chutar” prazos para a entrega do Copacabana, “para antes do fim do ano”, “para abril”, mas nenhum foi cumprido, o que causou decepção e revolta nas famílias contempladas, que não podiam assumir a posse dos imóveis e  chegaram a dizer que invadiram o conjunto.

Corrêa foi hostilizado pelos contemplados na Câmara Municipal e também nas redes sociais, o mesmo acontecendo com Gilson de Souza, em razão de ambos terem se apresentado como salvadores da pátria e não estarem resolvendo os trâmites burocráticos para entrega dos imóveis – até porque não tinha poder para isso.

É importante destacar que os apartamentos do Copacabana vão ser entregues porque todas as etapas do processo documental foram cumpridas, assim como a parte da Caixa Econômica Federal e dos cartórios de imóveis. 

Tudo aconteceria independente da suposta ação de políticos. Trata-se de um trâmite burocrático que seria resolvido com ou sem os supostos Salvadores da Pátria.


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