Concessionárias reforçam combate a incêndios em meses de maior incidência

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  • Publicado em 21 de junho de 2018 às 11:55
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 18:49
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Julho a setembro concentra mais da metade dos casos de queimadas às margens das rodovias

Período do ano que concentra mais da metade dos
casos de queimadas às margens das rodovias concedidas, os meses de julho a
setembro marcam também atenção especial das concessionárias para o combate e
prevenção do problema. Nesta época, além de intensificar as ações de combate a
focos de fogo às margens das rodovias, também são promovidas as campanhas de
alerta e conscientização dos motoristas para os riscos provocados por essas
ocorrências. A ARTESP – Agência de Transporte do Estado de São Paulo – coordena
junto as concessionárias as ações ligadas à Operação Corta Fogo, conjunto de
atividades e iniciativas que visa combater os casos de queimadas em todo o
Estado. O programa de prevenção tem coordenação da Secretaria Estadual do Meio
Ambiente e envolve diversos órgãos estaduais, como Defesa Civil e Corpo de
Bombeiros, entre outros.

O tempo seco dos meses de inverno facilita a
propagação dos incêndios, e os trechos rodoviários são sensíveis a essas
características climáticas devido à vegetação que margeia as estradas. Em 2017,
as concessionárias que administram os 8,3 mil quilômetros de rodovias sob
concessão atenderam 6.063 casos de queimadas, dos quais 3.835 (63,2%) no
período entre julho, agosto e setembro. O mês mais crítico foi setembro, que
teve o registro de 1.455 ocorrências. Nas rodovias, além do problema ambiental,
o alastramento do fogo representa risco à segurança para os motoristas, já que
a fumaça reduz a visibilidade.

Operação Corta Fogo. Nessa época
do ano, as concessionárias, sob gerenciamento da ARTESP, intensificam as ações
operacionais para prevenir e combater as queimadas. Os funcionários que
trabalham na inspeção de tráfego – que circulam em viaturas pelo trecho
concedido para atendimento aos usuários – levam nos veículos abafadores para
iniciar o combate a pequenos focos de incêndios. Algumas dessas viaturas são
equipadas, inclusive, com pequenos tanques de água para auxiliar no combate às
chamas.

Além disso, carros pipas ficam de prontidão em
pontos estratégicos para realizar o combate ao fogo no tempo mais breve
possível. Também há grande interação com o Corpo de Bombeiros. Ainda como parte
das ações adotadas, algumas concessionárias firmam parcerias com usinas,
indústrias e outros estabelecimentos empresariais com estrutura para o combate
ao fogo. Em trechos urbanos de algumas rodovias é desenvolvido um trabalho
junto à comunidade com orientações sobre o risco de atear fogo ao lixo e outros
detritos próximo à rodovia.

A partir desta semana, começam as ações de
comunicação da Operação Corta Fogo. Haverá mensagens educativas e de alerta
inseridas nos painéis de mensagem eletrônica das rodovias e banners no site da
ARTESP e das concessionárias. Também serão publicados posts no Facebook e no
Twitter da Agência com informações que serão compartilhadas pelas
concessionárias. O principal alerta dado ao motorista é que ele comunique a
concessionária, através do serviço 0800 de cada rodovia, sobre focos de
incêndio observados ao longo da viagem. Para reforçar essa mobilização, as
concessionárias programaram também algumas ações com distribuição de panfletos
nos pedágios.

Dicas de segurança. As queimadas
comprometem a segurança do motorista, já que a fumaça reduz a visibilidade, o
que pode levar a acidentes, principalmente colisões traseiras. No caso do
motorista se deparar com alguma queimada na rodovia, além de avisar os órgãos
competentes, ele pode tomar algumas precauções para prevenir acidentes:

– fechar os vidros do veículo;

– manter distância segura do veículo da frente;

– trafegar com farol baixo aceso;

– não ligar o pisca alerta com o veículo em
movimento;

– não parar na faixa de rolamento.

Causas. Uma das principais
causas de queimadas nas rodovias é o lançamento de pontas de cigarros pelas
janelas dos veículos. Essa “bituca” acesa serve de ignição para o
incêndio na vegetação seca. Outros fatores são a utilização de fogo para
limpeza de terrenos, queima de lixo, fogueiras, queimadas para fins agrícolas
não autorizadas e a queda de balões. Nas faixas de domínio das rodovias, boa
parte dos focos é provocada pela própria população vizinha à estrada ou transeuntes,
principalmente nas áreas mais próximas aos aglomerados urbanos. Por isso toda a
vigilância é necessária.


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