Com clima contrário entre vereadores, prefeito deve desistir de ir ao Legislativo

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 17 de abril de 2016 às 10:06
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 17:43
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Prefeito queria ser chamado para falar com parlamentares e tentar “matar” processo de cassação

​Na semana passada, o prefeito Alexandre Ferreira (PSDB) chamou o vereador Zezinho Cabeleireiro (PPS) e lhe pediu um favor. Ele gostaria de ser convidado – ou convocado – pelos vereadores para expor suas justificativas sobre as denúncias de crime contra a Lei de Licitações e de Responsabilidade que pesam sobre ele. A ideia era convencer os parlamentares a votarem contra o processo de cassação que pode ser aberto contra ele na sessão de terça-feira. Mas, aparentemente, a iniciativa não deu certo.

Zezinho até fez sua parte. Chamou os vereadores, explicou o pedido de Alexandre, justificou sua eventual “convocação”, mas a maioria não deu ouvidos e disse já estar com a convicção formada de votar pela abertura do processo. Nem mesmo os chamados governistas quiseram abraçar a iniciativa. Até a tarde de sexta-feira, nenhum requerimento do gênero havia sido protocolado no Sistema Legislativo da Câmara.

Com isso, Alexandre deverá mesmo enfrentar a Comissão Processante sugerida pelos vereadores Márcio do Flórida (PDT) e Daniel Radaeli (PMDB), membros da Comissão Especial de Inquérito que investigou o contrato entre a Prefeitura e o ICV (Instituto Ciências da Vida) que assumiu por um período os serviços de plantão dos prontos-socorros municipais e teria cometido várias irregularidades, como a cobrança por plantões impossíveis de ser cumpridos e contratação de falsos médicos.

Os três pedidos de abertura de CEI que foram protocolados na Câmara serão analisados e votados pelos vereadores na próxima terça-feira. Se o teor for o mesmo, ou semelhante, deverão ser juntados. Para ser aberto o processo de cassação, são necessários pelo pelos oito votos em plenário. Se não houver esse número, os pedidos serão automaticamente arquivados.


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