Cobra píton de 62 anos bota 7 ovos mesmo sem contato com macho há 15 anos

  • Rosana Ribeiro
  • Publicado em 12 de setembro de 2020 às 21:27
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 21:13
compartilhar no whatsapp compartilhar no telegram compartilhar no facebook compartilhar no linkedin

Segundo o zoológico, a cobra não tem nome, mas é identificada pelo número 361003 e deve ter pelo menos 62 anos

Tratadores de animais do Zoológico de Saint Louis ficaram surpresos ao ver sua cobra mais velha enrolada sobre uma ninhada de ovos recém-postos, já que ela não se aproximava de um macho há mais de 15 anos.

A píton-real, que está no zoológico desde 1961, botou sete ovos em 23 de julho, disse Mark Wanner, gerente zoológico de herpetologia.

“Foi uma surpresa. Não esperávamos que ela botasse mais uma ninhada de ovos”, contou.

Os tratadores já haviam notado algumas mudanças na cobra, mas Wanner disse que foram coisas sutis.

Segundo o zoológico, a cobra não tem nome, mas é identificada pelo número 361003 e deve ter pelo menos 62 anos.

Segundo o especialista, as pítons-real (também chamada de píton-bola) são nativas da África central e ocidental e podem se reproduzir assexuadamente, o que é conhecido como partenogênese facultativa. 

Wanner disse que os dragões de Komodo e algumas outras cobras e répteis também se reproduzem assexuadamente.

As fêmeas também podem armazenar espermatozoides para atrasar a fertilização, mas Wanner disse que o caso mais longo documentado que encontraram desse acontecimento foi um de sete anos após o contato com o macho.

A píton-real botou outra ninhada de ovos em 2009, mas nenhum deles eclodiu e não há registros dela ter estado perto de um macho.

Wanner disse que ela poderia ter estado com uma cobra macho no final dos anos 1980 e início dos 1990 porque os tratadores costumavam colocar as cobras juntas em baldes enquanto limpavam suas gaiolas.

“São pelo menos mais de 15 anos sem contato, mas acredito que provavelmente já se passaram 30 anos desde que ela esteve fisicamente com um macho”, afirmou.

O zoólogo explicou que eles levaram dois dos ovos para testes genéticos para determinar se eles são resultado de uma reprodução sexuada ou assexuada. 

Outros dois ovos morreram e os três restantes estão sendo incubados. Os resultados do teste devem sair em cerca de um mês.

“Estamos ansiosos pelos testes feitos nas amostras, porque isso vai acabar com qualquer boato ou qualquer coisa que possamos pensar que pode ter acontecido”, confessou.

Wanner disse que os ovos estão na metade da incubação.

“Se eles continuarem a viver e se desenvolver, esperamos que a eclosão ocorra nas próximas duas a três semanas”, contou. “Cruzamos os dedos para que um desses animais sobreviva, mas não temos certeza”.

*Informações CNN


+ Meio Ambiente