CGU identifica 346 mil cadastros fraudados no programa Bolsa Família

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 4 de janeiro de 2018 às 11:14
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 18:30
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Fraudes geraram prejuízo de R$ 1,3 bilhão aos cofres públicos em pagamentos irregulares no programa

​Uma auditoria da Controladoria-geral da União (CGU) localizou 346 mil cadastros fraudados no Programa Bolsa Família. 

Segundo o relatório divulgado nesta quinta-feira (4), mais de 2,5 milhões de famílias recebiam o benefício, mesmo com indícios de “inconsistência cadastral”, o que teria gerado prejuízo de R$ 1,3 bilhão aos cofres públicos em pagamentos irregulares.

O Bolsa Família foi criado em 2003, na gestão de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), para atender famílias em condições de extrema pobreza. 

Apenas famílias com renda de até R$ 170 por pessoa tinham direito benefício.

Essa auditoria da CGU identificou 5,2 mil famílias que tinham renda maior do que dois salários mínimos (R$ 1.874) e, mesmo assim, recebiam a bolsa.

No documento, o órgão afirma que, se as fraudes forem comprovadas, as famílias estarão sujeitas a “sanções legais, tais como devolução de valor, impossibilidade de retornar ao programa por um ano, sem prejuízo da responsabilização criminal”.

“O Ministério de Desenvolvimento Social aplicou o bloqueio dos benefícios para os casos em que as famílias tiveram renda per capita inconsistente”, diz a pasta.

A CGU recomendou também na auditoria que o controle de cadastro de famílias ao Programa Bolsa Família seja aperfeiçoado pelo Ministério de Desenvolvimento Social.


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