Nutrição: Adoçantes de stevia realmente são mais saudáveis para o dia a dia?

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  • Publicado em 7 de abril de 2020 às 12:28
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 20:34
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Substância é reconhecida como segura pelas principais autoridades mundiais de saúde

Os
malefícios atribuídos ao consumo do açúcar refinado levam à busca de
alternativas mais saudáveis para adoçar os alimentos.

Entre as opções naturais
está a stevia, um arbusto herbáceo que há centenas de anos é usado para fins
alimentares e medicinais e, de tempos pra cá, ganhou destaque nas prateleiras
dos supermercados.

A
nutricionista clínica do Hospital Edmundo Vasconcelos, Isadora Kaba Gomes,
explica que adoçantes compostos por stevia estão em um patamar melhor que os
adoçantes comuns. 

“Por serem produzidos por meio da extração das
substâncias doces das folhas da planta, que passam por um processo de
purificação, há muito menos procedimentos químicos na fabricação, tornando o
produto mais saudável”, reforça.

Os
benefícios da planta vão além. Com poder de adoçar 300 vezes mais que o açúcar,
a stevia não é metabolizada no organismo, e por isso apresenta taxas mínimas de
calorias. Isadora esclarece que a maior parte do adoçante ingerido é usada por
bactérias intestinais como fonte de energia, enquanto o restante é excretado
nas fezes.

Outra
importante vantagem mencionada pela especialista é a capacidade de redução de
glicemia após as refeições em pacientes com diabetes tipo 2. 

Mas gestantes
devem ficar atentas: ela aconselha que a stevia deva ser evitada antes de
realizar exames de rastreamento ou diagnóstico de diabetes durante a gestação.

Mesmo
com tantos pontos positivos, é preciso prestar atenção na quantidade indicada a
ser consumida por dia. 

A nutricionista esclarece que a ingestão aceitável de
adoçantes de stevia é de 10 mg/kg de peso corporal por dia. “No dia a dia
deve ser usada de forma moderada, em líquidos ou preparações que necessitem ser
adoçadas”, complementa.

A
substância é reconhecida como segura pelas principais autoridades mundiais de
saúde, como a European Food Safety Authority (EFSA) e a Joint FAO/WHO Expert
Committee on Food Additives (JECFA), e pode ser consumida, sem prejuízo à
saúde, por pacientes com diabetes, crianças, gestantes, lactantes e até mesmo
por pacientes com fenilcetonúria- doença congênita que impede a quebra adequada
das moléculas do aminoácido fenilalanina, que são impedidos de ingerir
adoçantes sintéticos comuns.