Carteirinha estudantil começa a funcionar dia 26 de novembro, diz ministro

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 23 de novembro de 2019 às 16:14
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 20:03
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Abraham Weintraub falou que o aplicativo “quebra a máfia dessa tigrada que é a UNE”.

​O ministro da Educação, Abraham Weintraub, afirmou na 6ª feira (22.nov.2019) que está “fazendo uma revolução na Educação do Brasil”. 

Em entrevista à rádio Jovem Pan, discutiu a implementação de escolas cívico-militares em todo país e declarou que o ID Estudantil começa a funcionar na próxima 2ª feira (25.nov) para os alunos cadastrados nas instituições de ensino.

O aplicativo, gratuito aos estudantes, funciona como uma carteirinha digital que concede o direito a meia-entrada. 

Os alunos que não possuírem smartphone podem emitir o documento físico pela Caixa Econômica Federal sem custos.

Para ter direito ao documento, os interessados precisam fazer o cadastro junto ao SEB (Sistema Educacional Brasileiro). 

Informações incluem matrícula, frequência, histórico escolar e “outras informações a serem estabelecidas em ato do Ministro”, de acordo com a Medida Provisória que instituiu o ID Estudantil.

Weintraub falou que o aplicativo “quebra a máfia dessa tigrada que é a UNE”. 

A União Nacional dos Estudantes, atual responsável pela emissão da carteirinha, afirmou que a medida “visa tirar a atenção dos reais problemas da educação e da ciência brasileira” e oferece risco ao sigilo dos estudantes. 

O ID Estudantil não destituí as formas vigentes de emissão da carteira estudantil. De acordo com nota do Senado, o sistema implementado pelo Ministério da Educação tem um custo de R$ 5 milhões e de R$ 10,5 milhões para manutenção.

Escolas cívico-militares

Na entrevista, o ministro defendeu também a gestão disciplinar por militares nas escolas.

“A parte didática continua na mão dos professores”, afirmou. O modelo chegará, em 2020, a 54 escolas – idealmente duas em cada unidade da federação, de acordo com Weintraub.

O ministro justifica a proposta pelo desempenho de colégios militares “iguais as melhores escolas na Alemanha, nos Estados Unidos”. 

Segundo o chefe do MEC, a gestão cívico-militar é uma alternativa mais barata, com desempenho semelhante e mais fácil de aplicar em larga escala que as escolas militares.

O critério de escolha dos municípios teria levado em conta o desejo das autoridades locais, número mínimo de 20 militares na reserva por escola e a localização (se em região de fronteira ou próximo a grandes centros urbanos).

“Não vamos universalizar porque uma parcela da população não quer, mas 90% quer”, continuou. 

Pediu paciência aos pais que desejam a implementação imediata do modelo, que precisa ser “um sucesso absoluto” para evitar críticas das quais estaria sendo alvo.

Mídia e internet

O ministro disse que o Enem do governo atual é o “ melhor de todos os tempos”. 

Defendeu a realização online do exame no próximo ano. Para isso, o MEC vai conectar as escolas públicas à internet. 

Weintraub afirmou que 100% das escolas urbanas estarão conectadas até a volta às aulas, e 50% das rurais, via satélite.

Weintraub aproveitou o espaço para se queixar da suposta perseguição que vem sofrendo pela grande mídia. 

Disse que o presidente Jair Bolsonaro não está cogitando removê-lo do ministério. 

Reafirmou sua admiração por D. Pedro II e comentou o caso envolvendo a declaração que deu sobre o Brasil ocupar o último lugar no Pisa da América Latina.


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