Campanha Julho Amarelo destaca a importância da prevenção da hepatite

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 6 de julho de 2018 às 02:08
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 18:51
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Doença é silenciosa e possui sintomas leves, muitas vezes difíceis de identificar e facilmente confundidos

A palavra hepatite
significa “inflamação do fígado causado por vírus” e a principal característica
da doença é que possui sintomas leves, muitas vezes difíceis de identificar –
podem ser confundidos até com gripes e resfriados. A mais comum, a tipo A, é transmitida
via alimentos e pessoas infectadas, só dura alguns dias e pode ser tratada por
meio de vacinas.

As mais graves são as do tipo B e C, transmitidas
por sangue, secreções ou via sexual. Para a B, também já existe vacina. Mas
todos os profissionais envolvidos alertam: a melhor forma de evitar a hepatite
é mesmo a prevenção da doença.

Segundo especialistas consultados pela Secretaria da
Saúde do Estado de São Paulo, é importante se vacinar até os 49 anos de idade,
em especial os grupos que estão mais expostos ao contágio, como profissionais
da saúde, do sexo, manicures e barbeiros.

O maior perigo em relação à hepatite C é a quase
total falta de sintomas. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), 3% da
população mundial está infectada. Quando a doença evolui silenciosamente, as
pessoas não sabem que são portadoras do vírus e, no futuro, desenvolvem
inclusive outras doenças, como cirrose, insuficiência hepática e até câncer de
fígado.

Para se prevenir, algumas medidas simples são
fundamentais, como usar sempre preservativos nas relações sexuais, não
compartilhar objetos de higiene pessoal, como escovas de dente, cuidado ao
fazer piercings e tatuagens, ou mesmo com objetos cortantes nos salões de
beleza – verifique se todos os instrumentos são devidamente esterilizados
nestes estabelecimentos.

Uma prática comum entre as mulheres, a retirada da
cutícula, tira a proteção da unha e pode causar sangramento, uma possível fonte
de transmissão das hepatites. O vírus da Hepatite B é 100 vezes mais infeccioso
que o HIV e permanece sete dias no ambiente. Se o material usado para fazer a
unha foi contaminado com o sangue infectado, ele permanece nos instrumentos e
na superfície.

A Secretaria de Estado da Saúde de SP organiza
diversas atividades que incluem testagem e orientação a população para
incentivar a prevenção, pois nos últimos anos, houve um aumento no número de
notificações de casos de Hepatite C, que passou de 4,9 mil, em 2014, para 7,6
mil, no ano passado. Por outro lado, os casos de Hepatite B diminuíram 3,7%, no
período, com 3 mil casos em 2016, contra 3,2 mil três anos atrás.


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