Campanha estimula jovens a se consultarem com urologistas

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 15 de setembro de 2018 às 20:42
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 19:01
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O objetivo é orientar os pais a levar os jovens de 15 a 19 anos de idade a médicos especialistas

A Sociedade Brasileira de Urologia
(SBU) promove neste mês de setembro, a Campanha #VemProUro com foco em orientações
para adolescentes.

O objetivo é orientar os pais a levar
os jovens de 15 a 19 anos de idade a médicos especialistas. Diferentemente das
meninas, que na maioria, desde a adolescência vão ao ginecologista e criam o
hábito de ir ao médico, os meninos, da mesma faixa etária, não têm o mesmo
hábito de buscar orientação médica.

O coordenador da campanha, Daniel
Suslik Zylbersztejn, membro do Departamento de Sexualidade e Reprodução da SBU,
destaca que a necessidade é orientar os rapazes, pois problemas que acometem
os adolescentes podem causar transtornos no futuro,
como infertilidade, por exemplo. “É preciso que os adolescentes vejam o
urologista como o médico que vai segui-los durante muitos anos à frente e não
só como o médico do homem dos 45 anos a 50 anos de idade”, disse,
ressaltando que os homens procuram o profissional na fase adulta para o exame
de toque retal que evita o câncer de próstata. “O homem fica sem ninguém;
vai a um urologista por algum problema geniturinário específico, mas não tem o
seu médico de referência”, destacou Zylbersztejn.

Para o médico, a ida ao
urologista desde a adolescência pode ajudar a tirar dúvidas sobre sexualidade,
e evitar doenças, como a varicocele, que é uma dilatação dos vasos do testículo
que pode levar a uma redução da produção de espermatozoides e, no futuro, até
causar infertilidade. Caso o problema seja identificado já adolescência, pode
ser tratado com sucesso.

Campanha

A campanha tem duas fases. A
primeira para mostrar a importância de o homem ir ao médico em todas
as idades, inclusive na adolescência. A segunda etapa
prevê que a formação dos urologistas dêem mais espaço na saúde
do adolescente. “A meta é inserir essa ideia nos planos de residência médica”,
disse o especialista.

Daniel Zylbersztejn a preocupação é
a mesma em países desenvolvidos, como os Estados Unidos. “A parte da
população masculina menos privilegiada medicamente falando é a parte masculina
da adolescência. Os outros países têm também essa dificuldade”.

O urologista recomendou ainda que os
pais acompanhem os filhos nas consultas médicas, dando-lhes espaço em algum
momento para tirarem dúvidas com o especialista. 

A SBU desenvolveu um site (www.portaldaurologia.com.br ) com esclarecimentos
sobre doenças sexualmente transmissíveis (DSTs), drogas, prevenção à gravidez,
ejaculação precoce, puberdade e outros temas.


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