Brasileiro cria colchão para pessoas com fibromialgia e dor lombar

  • Bernardo Teixeira
  • Publicado em 27 de setembro de 2020 às 18:55
  • Modificado em 27 de setembro de 2020 às 18:55
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Brasileiro criou a tecnologia após acompanhar sofrimento da mãe com dores pelo corpo

Jorge, criador do colchão, ao lado da mãe Maria Célia e o invento revolucionário

Quem tem algum tipo de dor lombar ou sofre de fibromialgia sabe o quanto é penoso dormir tranquilamente à noite. Depois de ver o sofrimento da mãe, um pesquisador brasileiro desenvolveu um colchão que alivia as dores dessas pessoas.

Dona Maria Célia tem 64 anos de idade e sofre de fibromialgia há 25 anos. O filho Jorge acompanha essa rotina da mãe, que não pode fazer tarefas simples, como dirigir, por exemplo.

“Acompanho as dores que ela sente e ver as limitações e o sofrimento da minha mãe foi o que me motivou a buscar alternativas e formas de melhorar a qualidade de vida das pessoas que convivem com a doença”, disse o professor Jorge Alves Júnior, coordenador do curso de Fisioterapia da da Faculdade Anhanguera de Taubaté-SP.

O projeto inovador é um colchão com um dispositivo que alivia a dor. Já imaginou poder se deitar sem ter que ficar procurando a melhor posição?

“Quando vamos comprar um colchão, a referência ideal para a densidade de espuma é sempre o peso e a altura da pessoa. Porém, analisando que o quadril é menor e mais pesado que os ombros, entendi que, quando nos deitamos, a gravidade empurra o quadril mais para baixo ocasionando um desnível entre os membros”, explica o professor.

Foi aí que ele percebeu que o colchão que alivia as dores nestas pessoas tem que ser personalizado, com as medidas do paciente e a densidade adequada no quadril. Abaixo delas é colocada uma outra placa de espuma de estabilização e, acima, outra irregular, que pode ajudar com pontos de pressão.

“As pessoas sempre vão em busca de um colchão confortável e nunca pensam na saúde. A ideia é unir conforto e clínica, diminuindo uma cultura de vícios posturais pelo menos durante o sono”, avaliou Jorge.