Barretos e Bebedouro elevam geração de vagas de trabalho em 2019

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 31 de dezembro de 2019 às 01:17
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 20:12
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Cidades ficam atrás apenas de Ribeirão Preto e Franca, que juntas abriram 9.590 vagas

Duas das principais cidades da região de Ribeirão Preto, Barretos e Bebedouro fecharam novembro com um cenário de recuperação de vagas de trabalho em relação a 2018, apontam números divulgados pelo Ministério da Economia. Situação oposta à de Sertãozinho, polo sucroenergético que teve baixa de 12%.

Atrás somente de Ribeirão Preto e Franca, que juntas abriram 9.590 vagas, Bebedouro não só compensou as 804 oportunidades fechadas entre janeiro e novembro de 2018 como criou mais 2.029.

A laranja, principal atividade econômica da cidade, ajudou a impulsionar a geração de 1.304 empregos formais na agricultura.

De acordo com o economista José Carlos de Lima Júnior, o incremento na geração de vagas tem relação com uma maior demanda pela fruta brasileira, diante da baixa na produção de países como os EUA, por conta do greening, considerada a pior doença da citricultura.

“É um problema fito-sanitário que dá nas plantas que acabou fazendo com que parte fosse dizimada dos laranjais deles e teve uma queda de 50% na oferta dos EUA para o mercado internacional. Aí o Brasil acabou se beneficiando”, explica.

Com a retomada lenta da produção norte-americana, a tendência é que, em 2020, a atividade econômica em Bebedouro continue a gerar empregos, mas em menor ritmo, avalia o economista.

A economia de Barretos também acompanhou o ritmo de recuperação em 2019 e encerrou novembro com um acumulado de 1.223 vagas, número 163% maior, ou seja, mais que o triplo, do que no mesmo período em 2018, com 464.

Serviços foi o setor mais importante, com saldo de 865 oportunidades, seguido por indústria, com 242, e comércio, com 125.

Para Lima Júnior, o comportamento da cidade reflete um mercado com taxas de juros menores, mais aquecido e favorável a investimentos em diferentes setores produtivos. “O mercado como um todo começou a se aquecer. Os investimentos começam a aparecer no Brasil e a recuperação de vagas começa a tomar corpo”, diz.

Sertãozinho

Principal polo sucroenergético da região, Sertãozinho terminou novembro com saldo acumulado de 351 vagas de trabalho, mas com uma baixa de 12% na comparação com o ano passado, quando criou 399 oportunidades.

O número resulta do bom desempenho de setores como o de serviços, com 877 vagas abertas, mas pelo fechamento de postos em áreas como a indústria, que fechou 701 empregos.

Para o economista, a expectativa é que o município se beneficie do Renovabio, política de incentivo à geração de energias renováveis a partir de 2020.

“Você vai ter sim a cidade de Sertãozinho se beneficiando, principalmente pelas indústrias que estão ali instaladas. Sertãozinho se especializou nesse setor, é como se fosse uma grande empresa concentrando vários fornecedores desse setor”, analisa Lima Júnior.


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