Apesar de pontos positivos, preço do café pode seguir incerto

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 22 de fevereiro de 2018 às 22:52
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 18:35
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Mercado do café, mesmo com oferta e demanda equilibradas, não encontrou um piso e preços podem ceder

Com
os preços apontando uma alta para o mercado de café na Bolsa de Nova York,
Mário Panhotta, gerente de mercado da Cooxupé, acredita que ainda não é momento
de pensar em uma reversão. O mercado espera uma superssafra por parte do Brasil
e os fundos, por sua vez, combinam essa pressão nos preços.

Contudo, ele destaca que o parque cafeeiro
brasileiro segue irregular e que, para se falar de uma superssafra, este teria
que estar equilibrado. A produção, para ele, será melhor do que no ano passado,
mas não deve configurar números recordes.

Os estoques brasileiros de café também estão baixos.
A indústria, após o problema climático com o conilon, zerou os estoques do
governo e, agora, o Brasil terá de repor esse déficit: não há excedente de
produção.

O mercado já começa a avaliar, entretanto, que, em
função da bienalidade, a safra 2019 poderia ditar novos preços para o mercado.
Panhotta aponta que ainda é difícil falar sobre isso com exatidão, já que o
sentimento não é de reversão.

A curto prazo, ele acredita que o mercado é
inconstante e pode, ainda, oferecer surpresas. O câmbio influencia diretamente
e, com um ano eleitoral, vários fatores econômicos podem trazer repiques nos
preços para o mercado interno.

Ele aconselha os produtores a, neste momento,
cuidarem dos custos de produção, que devem ser “o x da questão”, além
de manterem maior atenção para a qualidade do café produzido.


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