Anticoncepcional masculino tem bom resultado em teste humano

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 30 de março de 2019 às 17:22
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 19:28
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Ainda faltam testes do remédio com casais sexualmente ativos, o que comprovaria a eficácia do medicamento

A pílula
anticoncepcional para homens está em desenvolvimento e venceu mais uma etapa:
agora, uma nova versão foi aprovada na primeira fase de um teste em humanos,
que avaliou sua tolerância e segurança no organismo.

O remédio, chamado 11-beta-MNTDC, casou mudanças
hormonais que levariam à diminuição da produção de esperma em 30 homens
saudáveis que o tomaram durante 28 dias. Não foram constatados severos efeitos
colaterais, apenas dores de cabeça, fadiga e acne. Mesmo a libido dos pacientes
foi mantida, na maioria dos casos.

Segundo a pesquisadora sênior, Stephanie Page, MD,
Ph.D., professora de medicina na Universidade de Washington School of Medicine,
o medicamento imita a testosterona, mas não tem a concentrado necessária para a
produção de espermatozoides.

Ainda faltam, porém, testes do remédio com casais
sexualmente ativos, o que comprovaria a eficácia do medicamento.

O medicamento é visto como um irmão do DMAU, outro
contraceptivo masculino de via oral em fase de testes, analisado pela mesma
equipe de especialistas. O objetivo de trabalhar com duas possibilidades de
remédios para o mesmo fim é trazer avanços para esse campo da Ciência.

A previsão de o anticoncepcional masculino
efetivamente existir, como hoje é o feminino, é para daqui a dez anos, em 2029.
“Nossos resultados sugerem que essa pílula, que combina duas atividades
hormonais em uma, diminuirá a produção de esperma ao mesmo tempo em que
preserva a libido”, afirmou, em nota, Christina Wang, pesquisador no centro de
Pesquisa Biomédica de Los Angeles e no Centro Médico de UCLA Harbor. “Uma
contracepção hormonal masculina reversível e deverá estar disponível em cerca
de dez anos.”

A busca por uma
alternativa ao anticoncepcional feminino não é infundada. Evidências
científicas indicam que esse método pode provocar ganho de peso, maior risco de
depressão, mudanças repentinas de humor e redução da libido da mulher.


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